1- Com os numerais e operações aritméticas utilize o recurso de associar números a quantidades de objetos. Por exemplo. Para fazer operações de soma, subtração, multiplicação e divisão, utilize os dedos das mãos, dos pés, feijões, pedrinhas, milho, etc.
2- Para fazer a correspondência na base com alunos DVs, (deficientes visuais) utilize uma embalagem de ovos. Em cada cova da embalagem coloque um objeto – pedrinha, semente, bola de gude, etc. – e estabeleça que cada objeto vale dez unidades. Faça então as operações perguntando, por exemplo: “Em duas covas quantas pedrinhas há? Em três? Em quatro?”. Dessa forma, você poderá trabalhar com números altos, fazendo as devidas correspondências. Os DVs devem explorar antecipadamente a embalagem e os objetos a ser colocados nela. Em seguida, deverão também, eles mesmos, fazer a operação de distribuir os objetos nas covas da embalagem.
3- Para o reconhecimento de quantidades, tamanho, peso, largura e espessura dos objetos, quando de tem alunos DVs, promova atividade que explorem ativamente o próprio corpo. Traga para a sala de objetos com pesos, texturas, larguras e alturas aproximadas. Ofereça aos alunos DVs para que tentem identificar as diferenças: o que é mais pesado, mais grosso, mais áspero, mas comprido, etc.
4- Faça um campeonato do jogo de par-ou-ímpar com as mãos. Ensine os alunos a fazer uma tabela de pontos ganhos ou perdidos no jogo. Tanto surdos/DAs quanto DVs poderão participar.
5- Para trabalhar com formas geométricas com um DV peça que tateie partes do corpo – cabeça (circular), nariz (triangular), dentes e unhas (retangulares) e também objetos – dados, bolas, pirâmides, etc. Dobre o papel em formas (triângulo, retângulo, quadrado e retângulo), desdobre o papel e peça aos alunos que passe o dedo sobre essas dobras para descobrir a forma. Em seguida, dê-lhe uma tesoura e diga-lhe que recorte sobre o vindo formando pelas dobras. Na seqüência, peça que passe cola na forma geométrica e a cole sobre outra folha. Ao terminar, solicite que identifique as formas colocadas e escreva com as letras móveis o nome das formas.
6- Para ensinar quantificações com números altos: 10, 20, 30, etc., se você tem um aluno DV, faça a correspondência entre quantidade e número por meio de objetos, da palavra oral ou Braille. Use caixas com feijões, bolinhas, etc., para representar números altos. Ao efetuar e corrigir as contas, procure narrar as operações de forma bem clara e definida.
7- Faça com seus alunos um relógio com os ponteiros em alto-relevo. Utilize papelão para a base, palitos para os ponteiros, cola para escrever os números e arame para prender os ponteiros. Cada aluno deve ter seu próprio relógio. Faça, então, um ditado de horas. Alguém dita a hora e os outros “acertam” o relógio. Essa atividade também poderá ser feita com os alunos de olhos vendados, tendo de descobrir que horas são.
8-O professor devrá utilizar-se dos materiais pedagógicos concretos e/ou aqueles adequados e confeccionados com sucatas com os alunos em atividades de educação artística. O trabalho realizado em duplas ou grupos é facilitado no que diz respeito a compreensão das ordens e sequências das tarefas a serem seguidas. Os demais recursos utilizados pela professora deverão ser acessíveis edm relação a compreensão do vocabulário.
9- Geometria:
A introdução da geometria poderá ser feita criando-se inúmeras figuras e personagens de histórias, assim a criança perceberá a versatilidade das formas, sua rotação e translação no espaço. Por exemplo, criar com os alunos uma história onde as figuras geométricas estejam soltas no espaço e, resolvam agrupar-se e formarem coisas que existam no mundo como uma casa, um robô, uma flor, etc. As figuras devem ser estilizadas, mas mantêm-se o nome e a nomenclatura das figuras geométricas.
10-DOMINÓ DE FIGURAS GEOMÉTRICAS Este dominó é de madeira e possui as figuras geométricas (círculo, quadrado, triângulo) em relevo, pintadas nas cores azul, vermelho, amarelo e verde. Sob cada peça foi colada um imã. As peças são utilizadas sobre um tabuleiro de latão revestido com papel contact.
Permite a discriminação visual e tátil das figuras geométricas. O jogo pode ser manuseado sob a carteira ou na posição “em pé”, permitindo movimentos de flexão e extensão de braços. As peças com imãs facilitam a fixação sobre o tabuleiro, principalmente, aos alunos com dificuldade no manuseio.
Fonte: Laboratório de Educação Especial “Prof. Ernani Vidon”, Unesp,Marília, SP. Adaptação: Mônica Gerdullo e Marilãine Bonaldo.
11- DOMINÓ DE QUANTIDADES E NUMERAIS EM RELEVO Permite o desenvolvimento da discriminação visual e discriminação tátil. Auxilia no desenvolvimento da relação entre quantidade e numeral.
Dominó confeccionado em madeira com aplicação de material emborrachado (E V A).
Fonte: Laboratório de Educação Especial “Prof. Ernani Vidon”, Unesp,Marília, SP. Adaptação: Cláudia Cristina da Silva
12-TANGRAM IMANTADO
Visa desenvolver o raciocínio lógico e a discriminação de formas e cores, dentre outras. Confeccionado para aluno com dificuldade de preensão. A colocação do imã facilita ao aluno o manuseio e a fixação das peças. Auxilia em dificuldades advindas da espasticidade e de movimentos involuntários de membros superiores, características comuns em alunos com paralisia cerebral do tipo espástica ou atetóide.
O jogo é utilizado sobre uma placa imantada revestida com papel contact. As peças possuem imãs na parte posterior e são feitas em madeira com espessura de 1,5 cm e pintadas com tinta lavável. As peças foram ampliadas permitindo a preensão em pinça com dois ou mais dedos.
Fonte: Laboratório de Educação Especial “Prof. Ernani Vidon”, Unesp,Marília, SP. Adaptação: Marilãine Bonaldo e Mônica Gerdullo
13-JOGOS DOS NUMERAIS Auxilia a identificação de numerais e de quantidade. Confeccionado para alunos que apresentam dificuldade no manuseio de lápis e papel, mas pode ser utilizado por qualquer aluno da classe comum.O manuseio das peças permite a estimulação da preensão e da coordenação motora.
O recurso é composto de números confeccionados em madeira grossa. Cada numeral possui pequenos buracos, onde deverão ser encaixados pinos em igual proporção à representação do numeral. Por exemplo: para o numeral seis deverão ser encaixados seis pinos.
Fonte: Laboratório de Educação Especial “Prof. Ernani Vidon”,Unesp,Marília, SP. Adaptação: Rosemeire Francisco Tabanez
14-ÁBACO DE ARGOLAS Auxilia na compreensão do sistema de unidades, na aquisição da noção de cores e permite trabalhar com movimentos de flexão e extensão de membros superiores. Foi confeccionado para um aluno com dificuldade de preensão, que, ao invés de fazer preensão em pinça, enfiava os dedos dentro das argolas e as colocava no suporte de madeira.
Construído com argolas de papelão, placa de madeira e cabos de vassouras. As argolas são pintadas de diferentes cores.
Fonte: Laboratório de Educação Especial “Prof. Ernani Vidon”, Unesp,Marília, SP. Adaptação: Marilãine Bonaldo e Mônica Gerdullo.
15-MULTIPLICAÇÃO EM PIZZA Permite demonstrar a multiplicação entre números apenas trocando o multiplicador central. Assim, possibilita montar operações sem que seja necessário ao aluno armá-las e copiá-las em papel. Confeccionado para alunos com dificuldade de manuseio de lápis e papel. Evita que os alunos se cansem demasiadamente.
Confeccionado em madeira de forma circular, com diâmetro de 35 cm e espessura de 2 cm. No meio possui uma abertura também em forma de círculo, na qual os multiplicadores podem ser trocados. O recurso é acompanhado de toquinhos de madeira com os numerais inscritos, que serão utilizados para exibir o resultado da operação
aritmética.
Fonte: Laboratório de Educação Especial “Prof. Ernani Vidon”, Unesp,Marília, SP. Criação: Regina Lázara Salim Moraes Bernardo.
ARTES
1-A música é um meio de comunicação muito eficiente para o DV (deficiente visual). Por isso, traga para o seu dia-a-dia, na sala, muitas canções para serem cantadas e dançadas pelas crianças.
2- Traga ás aulas réplicas de obras de arte ou de objetos grandes – ônibus, caminhões, carros, casas, árvores, maquetes de acidentes geográficos, cidades, etc. – para construir textos, principalmente se você tem DVs em sua classe. Permita que o DV explore o máximo que puder esses objetos.
3- Traga ás aulas argila ou qualquer outro tipo de material maleável para que o DV possa representar a sua “visão” de mundo. Outros tipos de materiais, como palitos, folhas, galhos de árvore, potes, caixas, também podem ser utilizados na construção de representações de mundo.
4- Para fazer atividades rítmicas, se você tem alunos com surdos/DAs, faça uma coreografia com movimentos bem compassados, de modo que eles possam, mesmo sem o som, observar os movimentos dos outros e, por imitação e repetição dançar com o grupo.
O mesmo pode ocorrer ao tocar instrumentos. Organize uma peça musical em que os surdos/DAs possam, por imitação ou pela vibração, tocar, por exemplo, uma chocalho, um tambor.
5- Se você tem alunos DVs em sua turma, proponha aos alunos fazer desenhos com material saliente – areia, pó de lápis e outros elementos porosos – sobre cola. Também pode propor que desenhem cobrindo partes do corpo – mão, pé, braço – ou objetos- borracha, caderno, etc.
6- No trabalho com artes, pode-se utilizar obras de artistas plásticos conhecidos, de forma simples, observando-se a obra levando as crianças a atentarem para: as cores e suas combinações, figuras geométrica, personagens, se há ou não pessoas e ações, se há natureza morta, o que pode ser observado, quem pintou, desenhou ou esculpiu, o que quis retratar, etc. Este trabalho pode ser feito em pequenos grupos e cada um, posteriormente expressará suas observações e opiniões sobre a obra através de ilustrações, textos, mímicas, dramatizações, etc.
7- O professor deverá utilizar-se dos materiais pedagógicos concretos e/ou aqueles adequados e confeccionados com sucatas com os alunos em atividades de educação artística. O trabalho realizado em duplas ou grupos é facilitado no que diz respeito à compreensão das ordens e seqüências das tarefas a serem seguidas. Os demais recursos utilizados pela professora deverão ser acessíveis em relação à compreensão do vocabulário.
8- Empregar dramatizações com as crianças, ou com a confecção de bonecos, fantoches desenhados e pintados no dorso e na palma da mão com caneta esferográfica e complementados com fio, papéis, edtc. de acordo com a criatividade das crianças e do professor.
9- Quando trabalhar cantigas com a classe sugerimos que o mesmo faça marcações no ritmo e na entonação. Os gestos indicativos sobre a letra da música também são bem aceitos como marcadores. Antes de ser cantada, a letra da música deverá ser trabalhada nos aspectos da sua colocação social (festa junina, folclore, natal, etc.) e o vocabulário, seu significado. Os versos devem ser contados, marcados e cantados individualmente antes da música ser cantada como um todo.
Site Idealizado por Ketilin Mayra Pedro, estudante do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia (Unesp-Bauru).