com Necessidades Educacionais Especiais  
  
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Ações/Atividades de Recepção

O primeiro passo para desenvolver um bom trabalho com alunos com necessidades educacionais especiais, é numa boa recepção por parte de toda a comunidade escolar.
Nesta página você encontrará diversas dicas e atividades para que essa recepção ocorra da melhor maneira possível.
Essas sugestões foram retiradas do texto da Profª. Drª. Eliana Marques Zanata.

1-Para que haja um bom desenvolvimento na integração escolar do aluno com necessidade educacional especial, é necessário que a família e a escola estejam trabalhando de forma coesa e harmoniosa. O desenvolvimento da criança se fortalece nas suas vivências. O constante contanto com a escola permitirá a troca de informações: a família proporcionando experiências novas e a escola enriquecendo seu vocabulário e auxiliando no desenvolvimento da criança.

2-Quanto mais cedo a criança com necessidade educacional especial for conduzida a escola, menor será a sua dificuldade de integração. Não existe um momento preestabelecido para a integração do aluno com necessidade educacional especial, isto é um processo individual.

3- A escolarização dos filhos é sempre uma grande preocupação dos pais. É através da escola que a criança amplia seu convívio de relações sociais após o convívio familiar. Mesmo que a criança com necessidade educacional especial participe de programas de reabilitação, terapias de apoio, etc., cabe aos pais a responsabilidade do encaminhamento e acompanhamento escolar.

4-Os pais e professores não devem criar obstáculos para que seus filhos estudem em salas comuns. A criança pode participar de todas as atividades da escola, bem como de toda atividade social. Isto é um direito.

5-O aluno com necessidade educacional especial é uma pessoa comum, sua deficiência não é contagiosa e não faz ninguém regredir. Em atividades coletivas que envolvem apresentações de teatro ou passeios externo a escola, podem vir a causar algum receio por parte de professores ou pais de colegas de classe. Um bom argumento nesse sentido é mostrar que apesar da deficiência da criança, existem os sentidos de amor e amizade, e respeitar o convívio social é o melhor caminho para a sociabilização.

6-Quando um aluno com necessidade educacional especial for integrado em classe comum, sugerimos que além das orientações gerais oferecidas pela professora da classe, a mesma possa desenvolver com o grupo algumas dinâmicas, elas iram facilitar a integração do aluno com necessidade educacional especial:

a)  a  professora divide aleatoriamente  uma  folha  de cartolina  e  quantos  pedaços forem necessários  para  que  cada  aluno receba uma peça. As peças devem ser numeradas em  seqüência de  acordo com o número de alunos da classe. Antes de recortar  a cartolina fazer um desenho qualquer com cores fortes. Recortar  e oferecer uma peça para cada criança. Em pequenos grupos de  cinco ou  seis  crianças,  escolhidas aleatoriamente  sem  respeitar  a numeração  das peças, tentam montar a cartolina  novamente.  Isto não  será  possível. Então a professora pede que  a  classe  toda tente  montar  a cartolina. Provavelmente  a  desorganização  não permitirá  que  o  trabalho seja  concluído.  A  professora  pede discretamente que um aluno esconda sua peça, e sugere aos  demais que  respeitem  a  ordem de numeração das  peças  para  formar  a cartolina. No final ficará faltando a peça que um aluno escondeu.  Então, a professora diz que o trabalho continua incompleto porque falta  uma peça e pede que o aluno venha completá-la. Reforça  nas crianças  que  por  menor que seja a  colaboração,  para  que  um trabalho  seja  bem feito, "todos" tem que  participar. também  a  questão da organização das atividades e  da  troca  de informações;

b) a professora divide seus alunos em 4 ou 5 grupos por habilidades em: escrita, desenho, dramatização, dança, declamação ou  leitura  em  voz alta, etc. (ou de acordo  com  as  habilidades presentes  na classe). Oferece a cada grupo um envelope  com  uma atividade  dentre as categorias formadas em sala, mas  invertendo as habilidades/atividades. Ex.: Para o grupo da dança solicitar um texto escrito. Quando surgirem as dificuldades a professora coloca  um aluno que tem um bom desempenho na atividade no grupo  que está  com  dificuldade,  fazendo um rodízio.  Os  grupos  têm  10 minutos então para apresentarem seus trabalhos e relatar para  os demais  como  se  sentiram  em ter  que  realizar  uma  atividade difícil,  e qual a colaboração do colega para resolvê-lo.

07- É importante orientar todos os funcionários da escola, que a crianças com necessidade educacional especial, é aluno da escola como qualquer outro. Neste sentido, todas as atribuições dos funcionários em relação aos alunos, aplica-se também aos alunos com necessidades educacionais especiais.

08- O coordenador pedagógico da escola é um educador e dentre suas funções está o papel de condutor e orientador da equipe de trabalho, integrado o aluno com necessidade educacional especial á rotina de trabalho da escola a fim de que todo o processo educativo se desenvolva coerentemente. Cabe ao orientador favorecer ou procurar favorecer  ou procurar os meios mais adequados para que o educando, possa usufruir dos diversos recursos disponíveis  para a  sua  educação. Por Exemplo: incentivando  que  os  professores troquem  experiências  e  sugestões  de  trabalhos,  apoiando  as decisões  do professor com coerência ou conduzindo-o  a  refletir novamente sobre uma atitude ou decisão precipitada, etc.

09- Outro profissional bastante presente na  escola  e  que mantém contato permanente com os alunos é o  inspetor de alunos. Com a função de organizar e  orientar os  momentos  em que os alunos não estão em sala de aula, o inspetor de alunos deverá manter com o aluno com necessidade educacional especial a mesma conduta que tem com os demais . Podemos sugerir algumas orientações que não são regras,  são apenas lembretes que poderão facilitar a atitude  do inspetor nos momentos que lhe sugerem desafios ou  interrogações. Por exemplo:

  • Dirigir-se ao aluno com necessidade educacional especial sem se impor, assim ele valorizará sua presença e acatará sua orientação;
  • Não exigir do aluno qualidades que ele não tem, ou que faça algo que esteja limitado por sua deficiência;
  • Valorize os alunos em suas potencialidades, nos seus melhores aspectos e não enfatizar seus erros e pontos fracos;
  • Lembrar-se que cada criança é diferente, e única, mas que todos têm as mesmas necessidades dos seres de uma mesma idade e que todas têm em comum a necessidade de amor, compreensão e aceitação.

10- Sugerimos ainda outras orientações a toda a comunidade escolar de como se relacionar bem com uma criança com necessidade educacional especial:

  • Procurar não encarar a deficiência com pena, compaixão, a criança com necessidade educacional especial não precisa de piedade, mas sim de oportunidades;
  • Não chamar nem se referir a criança com necessidade educacional especial, salientando sua deficiência. Chama-lo de “mudinho”, “ceguinho”, é de extrema indelicadeza. Ninguém gosta de ser rotulado e classificado por seu defeito aparente.

11-Os professores devem estar atentos nas decisões e  na condução  das opções de escolha da criança, pois, a criança com necessidades educacionais especiais  também terá predileção por atividades, brincadeiras. É necessário que os professores estabeleçam um meio termo, não  permitindo que  sua  criança se entregue a atividade que mais gosta,  com  a intenção  (in)consciente de esquivar-se daquilo que lhe é difícil ou  não  lhe causa satisfação.


No  dia-a-dia o professor não deverá deter-se apenas  a rotina, mas ser flexível e criativo sabendo trabalhar com a imprevisibilidade e chegar a um contexto enriquecedor e favorável à  aprendizagem.  Para  que  isso ocorra,  é  fundamental  que  o professor  tenha uma visão lúcida do  aprendizado  proporcionando através do jogo o equilíbrio entre a imaginação e a lógica, o que por  sua  vez  estará fortalecendo  a  comunicação  interpessoal, professor-aluno-colegas de classe. O professor deve ter como propósito não a limitação, mas sempre o potencial de cada aluno.

 


 
 

Site Idealizado por Ketilin Mayra Pedro, estudante do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia (Unesp-Bauru).

Orientação: Profª Drª Eliana Marques Zanata.