Efeito estufa,

 suas causas e medidas para amenizar  suas conseqüências

 

Sandro Pereira Gonçalves – EE Valdomiro Silveira – Cafelândia – SP

Sidnéia Alves da Silva – EE Valdomiro Silveira – Cafelândia – SP

Rosângela Haydê Gonçalves Anacleto – EE Prof. Octacílio Sant’anna – Lins – SP

Rosângela Santos de Oliveira – EE Dom Henrique Mourão – Lins – SP

Sandra Ferreira Borges – EE Prof. José Egea – Guarantã – SP

Alexandra Cristina Salatino – EE 21 de Abril – Lins – SP

Edmara Mary Romano – Diretoria de Ensino de Lins – SP

 

 

O homem sempre necessitou do fogo para se aquecer, cozinhar, iluminar, se proteger. A primeira forma de energia que o homem conseguiu dominar foi o fogo.

O Homem sempre necessitou do fogo para se aquecer, cozinhar, iluminar e se proteger.

Antigamente, juntavam um montinho de mato seco, dois pedaços de madeira, que friccionados, esquentavam rapidamente, queimando o mato seco com seu calor.

O fogo, pela fascinação que exerce, pela fantasia que sua chama desperta, deu origem a muitos contos, lendas, mitos, deuses, heróis... Para muitas civilizações, ele é um deus ou uma dádiva dos deuses, ou  ainda, o produto de  um roubo. Ele é, muitas vezes, associado ao Sol. Os Incas acreditavam que o fogo lhes havia sido dado pelo filho do Sol. Para os índios Navajos, o fogo tinha sido dos Deuses por um Coiote.

Entre os romanos, eram sacerdotisas, as vestais, que guardavam em seus templos o fogo sagrado, e esse nunca deveria se apagar.

Desde a sua conquista, há mais de 500.000 anos, o fogo se tornou, nas mãos dos homens, o primeiro meio para o modificar o mundo, sendo pois, a primeira forma de energia que conseguiu dominar.

O fogo sempre existiu na natureza, provocando queimadas, onde havia a liberação de CO2 e vapor d’água na atmosfera.

Esse fogo tinha origem vulcânica, pois ao entrarem em erupção, os vulcões laçavam suas lavas pelas florestas, causando as queimadas. Também se originava de relâmpagos que, ao atingirem uma árvore, esta se queimava.

Com o domínio do fogo o homem foi aprimorando o uso do mesmo para benefício próprio.

Com a chegada da revolução industrial acontece o auge do aprimoramento humano em relação ao fogo, surgindo as máquinas a vapor, cuja fonte de energia era o carvão. Esta nova tecnologia provocou uma grande mudança na sociedade, pois as indústrias se multiplicaram criando a necessidade de se utilizar novos combustíveis. Em suas pesquisas o homem encontrou o petróleo que passou a substituir o carvão.

Os combustíveis fósseis originaram-se de matéria orgânica que realizavam fotossíntese, portanto, acumulavam energia vinda do Sol na forma de moléculas de carbono (hidrocarbonetos). Com a decomposição dessa matéria a cerca de 500 milhões de anos formou-se o petróleo e o carvão mineral.

Antes da revolução industrial havia um equilíbrio entre a emissão de CO2 (queimadas e respiração) e o seu consumo (pela fotossíntese), mantendo dessa forma sua concentração estável na atmosfera.

O aumento da concentração de CO2 na atmosfera, resultante da queima em larga escala dos hidrocarbonetos, produziu-se uma intensificação do efeito estufa.

O fogo sempre existiu na natureza, provocando queimadas, onde havia a liberação de gás carbônico e vapor d’água na atmosfera. Esse fogo tinha origem vulcânica, pois, ao entrarem em erupção os vulcões lançavam sua lava pelas florestas causando queimadas. Também se originava de relâmpagos que, ao atingir uma árvore, esta se queimava.

Com o domínio do fogo o homem foi aprimorando o uso do mesmo para benefício próprio.

 

Metalurgia e sua história

A história da metalurgia começa quando os homens encontram os elementos de sua existência nas realizações de seus antepassados.

     Com o surgimento da escrita, por volta de 4000 a.C. houve:

-       a utilização da pedra como arma e ferramenta,

-       a criação da linguagem oral,

-       o surgimento da arte,

-       a utilização e o domínio da produção do fogo,

-       a domesticação e a criação dos animais,

-       a prática da agricultura e

-       surge a criação da metalurgia.

      A revolução científica do século XVII e a revolução industrial do século XVIII não refletiram de imediato sobre a tecnologia metalúrgica. No entanto, o caráter científico das propriedades dos metais foram feitos tentando utilizar as propriedades do ferro fundido com o auxílio do microscópio.

A partir do século XVIII a metalurgia é descrita como uma ciência do estudo dos metais: ciência que estuda a estrutura, a composição, as características e as propriedades dos metais, tendo como objetivo não só fabricar produtos metalúrgicos como também as causas e efeitos.

A partir de 1855 com o ferro implantado nos materiais de construção, surge o alumínio, importante no desenvolvimento industrial.

O alumínio, metal de baixa intensidade, dúctil, estável e facilmente fundido não era fácil de produzir. Preparava-se o segundo a seqüência bauscite – alumina – alumínio metalúrgico e foi nesta altura que se começou a aplicar a eletricidade à metalurgia.

No período (1855 – 1957) introduziram-se processos metalúrgicos de sistema de produção de aço, a capacidade dos altos fornos de conter ferro cresceu intensamente (produto de alto forno, que é o ferro no estado natural normalmente contém 4,5% de carbono e impurezas como fósforo, enxofre e silício) para evitar que as barras quentes de ferro expostas às deslocações de ar sofressem descarbonização, introduziu o primeiro convertido (reservatório aquecido que contém “pig iron” fundido) que fez reduzir suficientemente o preço do aço de modo a que este fosse usado em quantidades muito maiores.

Em 1875 a quantidade produzida de aço era superior a 700.000 toneladas, usado por companhias de caminho de ferro, armamento e construção naval.

Dando a origem da metalurgia física que consiste no estudo das propriedades e composições dos metais.

Neste século deu-se o desenvolvimento de uma série de novos elementos de análise, como os microscópios eletrônicos de varrimento e de transmissão e o difractómetro de raios x, o que permitiu aos cientistas estudarem as estruturas existentes nos materiais e correlacionarem-nas com as propriedades observadas.

Aumenta-se a resistência dos metais com a adição de elementos de liga adequados (níquel, cobre, molibdênio, vanádio, tungstênio...).

Os metais que mais recentemente começaram a ser usados foram: o zircônio, titânio, magnésio, níquel, cobalto, urânio entre muitos outros.

A evolução científica e tecnológica trouxe consigo os reatores nucleares, originando deste modo, problemas metalúrgicos nos componentes dos reatores, tais como, a resistência à corrosão, caráter de absorção de nêutrons específicos, resistência à radiação, estabilidade mecânica às temperaturas de trabalho.

O zircônio é um dos metais mais usados com vista às dimensões destes problemas.

A transmutação de metais passou a ser uma realidade com a descoberta da radioatividade, em 1919, iniciou a transmutação artificial bombardeando nitrogênio gasoso com partículas alfa produzindo novos materiais – hidrogênio e um isótopo de oxigênio.

As ligas de titânio têm vindo a ser cada vez mais produzida, diminuindo o seu preço.

Gálio e índio são usados diretamente em aplicações termométricas e em fusíveis devido ao seu baixo ponto de fusão, tório e germânio são semicondutores.

Nos últimos 80 anos tem-se apostado na produção de ligas e superligas metálicas, cujo resultado é uma melhoria nas propriedades.

A indústria aeroespacial procura ligas com um peso mínimo sem alteração das propriedades mecânicas, a indústria química, por sua vez, necessita de ligas para aplicação em equipamentos de extrusão de plásticos, aplicações criogênicas, turbinas, etc...

Muitas destas ligas são produzidas por Pulverometalurgia que consiste na introdução de um pó metálico num molde que é sujeito a elevadas pressões e temperaturas.

Como conseqüência da produção destas ligas por Pulverometalurgia e solidificação Super Rápida as temperaturas de trabalho das turbinas nas aplicações de aeronáutica.

Por outro lado, a indústria mecânica (General Motors) desenvolveu um carro movido à energia solar denominado “Sun Raycer” cujo motor, mais leve, pequeno e resistente motores elétricos, é também produzido por solidificação Super Rápida.

A introdução de certas ligas metálicas amorfas  nos núcleos dos transformadores que tem uma responsabilidade significativa nas perdas de energia elétrica no seu transporte, permite reduzir as perdas de energia. Desta maneira, a energia solar poderá ser tornada viável.

O surgimento de novas ligas como as ligas com memória de forma, têm várias aplicações em robots, válvulas, molas... Estes metais após serem dobrados e retorcidos regressam à sua forma inicial quando aquecidos a uma temperatura determinada.

No entanto, a conseqüência do desenvolvimento da ciência e engenharia não é apenas a implementação de novos metais, mas também a introdução de novas técnicas de superfície (tratamentos superficiais por laser, nitroração iônica, CVD, PVD...) que alteram as suas propriedades.

A evolução científico-metalúrgica dos dias de hoje faz-nos deparar com metais cujas propriedades não se encaixam na classificação tradicional (dúcteis, bons condutores e relativamente pesados), como é o caso das ligas metálicas leves, dos metais orgânicos ou dos compósitos.

Muitos destes metais influenciaram tanto o modo de vida das populações que se tornaram indispensáveis ao funcionamento das sociedades modernas.

Há, porém, que ter em conta a seleção racional dos materiais e o modo de processamento tecnológico que deverá ser econômico quer em custos, não esquecendo o aspecto ambiental que envolve todo um processo de reciclagem ou de incineração tanto dos resíduos industriais, como dos produtos já usados. Pois é destas precauções, em grande parte, que depende o nosso futuro.

 

Fonte: http://www.acertubos.com.br (Acessado em 07/12/2002)

 

A origem da cerâmica remonta aos antigos povos do Oriente, que a 7000 anos atrás já tinham tradição da indústria cerâmica.

Quando o homem deixou de utilizar as cavernas, necessitou de objetos que deveriam ser resistentes, impermeáveis e de fácil fabricação, para armazenar alimentos e água, essas facilidades foram encontradas na argila (barro), que misturadas a água e endurecida após a queima, foi largamente utilizada na construção de casas, vasilhames, urnas funerárias e até para a escrita.

Muitos potes produzidos hoje, ainda contam com a aparência e técnica bastante semelhantes a dos produzidos a milênios.

Cada estágio de desenvolvimento da cerâmica é impossível sem o seu antecessor, pois a cerâmica segue leis independentes de desenvolvimento.

A característica técnica do utensílio cerâmico é variável de acordo com o calor e o tipo de argila empregado.

Com o calor, a água é eliminada tornando-a incapaz de tornar-se maleável novamente.

Muito do que sabemos hoje sobre as antigas civilizações deve-se a pesquisas de arqueólogos com os objetos cerâmicos.

Há registros de objetos cerâmicos brasileiros com cerca de 2000 anos produzidos por aldeias instaladas próximos a rios.

Existem vários tipos de emprego para a cerâmica: vasos, objetos de artes, utensílios, etc que embelezam, facilitam e enriquecem qualquer ambiente.

 Fonte: história da cerâmica.

 

Com a chegada da Revolução Industrial acontece o auge do aprimoramento humano em relação ao fogo, surgindo as máquinas a vapor cuja fonte de energia era o carvão. Esta nova tecnologia provocou uma grande mudança na sociedade, pois as indústrias se multiplicaram criando a necessidade de se utilizar novos combustíveis. Em suas pesquisas o homem encontrou o petróleo que passou a substituir o carvão.

Os combustíveis fósseis originam-se de matéria orgânica que realizaram fotossíntese, portanto, acumularam energia vinda do Sol na forma de moléculas de carbono (hidrocarbonetos). Com a decomposição dessa matéria a cerca de 500 milhões de anos formou-se o petróleo e o carvão mineral.

CICLO DO CARBONO

O carbono é um elemento químico metalóide que é encontrado na natureza ou cristalizado. Sendo junto com o hidrogênio elementos básicos na estrutura dos compostos orgânicos. É encontrado sob as formas de: diamante , grafite , carvão, hulha, antracito, óxidos, dióxidos, hidratos. O carbono combina-se com vários metais, dando origem aos carbonetos. O anidrido carbônico ou gás carbônico. O trióxido de carbono, pode ser resultante da combustão do gás carbônico. Os carbonos passam de sólido a gás quando se encontram em fornos elétricos desprovidos da presença de oxigênio. As pessoas que trabalham em recintos onde se encontra carvão que queime constantemente, estão sujeitas a envenenamento do sangue, pelo fato da ação do monóxido de carbono sobre a hemoglobina . O carbono é bastante empregado nas indústrias , quer como redutor dos sulfetos metálicos quer na produção de aço.O carbono difere dos outros elementos pelo fato de formar mais compostos que todos outros juntos. Outros elementos: 40 mil; Carbono: 400 mil. Capacidade de formar cadeias e anéis. O carbono é um componente primário da matéria viva.

CICLO GEOLÓGICO DO CARBONO

O dióxido de carbono se desprende das fumarolas e das fontes termais uma parte deste dióxido de carbono é juvenil e outra meteórico. Uma parte deste CO2 pode reagir metassomaticamente e substituindo a sílica das rochas silicatadas - a conseqüência disto é a formação de espilitas e rochas talco-carbonatadas. A maior ponte do dióxido do carbono se desprende para atmosfera ou se dissolve na água.
Durante a meteorização, as águas que contém dióxido de carbono reagem principalmente com os sais de cálcio dissolvidos para formar carbonato e bicarbonatos cálcicos. Por último, o carbonato cálcico se precipita por agentes orgânicos ou inorgânicos, A maior perda no ciclo do carbono é a formação de calcário. É evidente que o dióxido de carbono que desaparece do ciclo por este processo não volta nunca por completo à atmosfera. Durante a silicificação dos calcários não se desprendem mais que uma quantidade insignificante de dióxido de carbono porque a quantidade de rochas carbonatadas tende a aumentar.

CARBONO ATMOSFÉRICO

Nas plantas o carbono entra e sai por difusão, na forma de CO2, através dos estômatos presentes na epiderme das folhas. Entrando, o CO2 vai servir como matéria-prima de compostos orgânicos, durante a fotossíntese. Saindo, o CO2 é um dos produtos finais da respiração. Já os animais realizam apenas a respiração liberando o CO2 na atmosfera, e obtêm o carbono de que precisam de forma direta, se herbívoros, ou de forma indireta se forem carnívoros. Depois de mortos, tanto animais quanto vegetais, sofrem a ação dos decompositores, se a decomposição de sua matéria orgânica for total, há liberação de gás carbônico e água, e se for parcial, há transformação em material combustível. A matéria combustível quando queimada, devolve o carbono à atmosfera na forma de CO2. Ou seja, o carbono fixado por fotossíntese, mais cedo ou mais tarde retorna à atmosfera pela decomposição da matéria orgânica morta. As florestas do mundo não são apenas os principais consumidores de dióxido de carbono em terra; também representam o principal reservatório de carbono fixado biologicamente. As florestas contêm entre 400 e 500 bilhões de toneladas de carbono, ou aproximadamente, dois terços da quantidade presente como dióxido de carbono na atmosfera (700 bilhões de toneladas).
O ciclo do carbono revela dados e quantidades verdadeiramente surpreendentes. Está provado que uma determinada célula de CO2 da atmosfera entra em uma certa estrutura vegetal uma vez a cada 200 anos e que todo o oxigênio do ar é renovado pelos vegetais de 2.000 em 2.000 anos. O ciclo respiração-fotossíntese, já alterado pela introdução do homem, via atmosfera, de grande quantidade de dióxido de carbono, pela combustão dos chamados combustíveis fósseis. Um fator que ameniza este fato, é que os mares são imensos reservatórios de carbono que agem como amortecedores de choque do gás carbônico na atmosfera. Pode-se dizer: aumente-se a quantidade do gás carbônico na atmosfera e o oceano se encarrega de retirá-lo. Retire-se gás carbônico do ar e o mar reporá novamente. De 1.850 dc, o homem, inadvertidamente, vem realizando um experimento geoquímico global, queimando grandes quantidades de combustíveis fósseis e, dessa forma, devolvendo à atmosfera o carbono que foi fixado pela fotossíntese a milhões de anos atrás. Geralmente, entre cinco e seis bilhões de toneladas carbono fóssil estão sendo liberadas por ano na atmosfera. Isto seria suficiente para aumentar a quantidade de dióxido de carbono no ar de 2,3 partes por milhão por ano, se o dióxido de carbono estivesse uniformemente distribuído e não fosse removido. No século passado, o conteúdo de dióxido de carbono aumentou de 290 partes por milhão para 320, sendo que mais de um quinto desse aumento ocorreu na década passada. O aumento total corresponde somente a um pouco mais de um terço do dióxido de carbono (cerca de 200 bilhões de toneladas no total) liberado dos combustíveis fósseis. Embora a maior parte dos dois terços restantes tenha ido para os oceanos, uma fração significativa pode perfeitamente ter aumentado a quantidade total de vegetação na terra. Estudos de laboratório mostram que as plantas crescem mais rapidamente quando o ar circundante é enriquecido com o dióxido de carbono. Assim, é possível que o homem esteja fertilizando campos e florestas, com a queima dos combustíveis fósseis.

A importância do ciclo do carbono na natureza pode ser melhor evidência pela estimativa de que todo o CO2 presente no ar, caso não houvesse reposição, seria completamente exaurido em menos de 20 anos, tendo em vista a fotossíntese atual. A fixação total de carbono por ano, nos oceanos, ascende à cifra aproximada de 1,2 x 1010 tons, enquanto que o teor fixado em terra é da ordem de 1,6 x1010 tons. As plantas clorofiladas constituem o mais importante agente da redução do CO2 a matéria orgânica; outros seres, como as bactérias fotossintetizantes e as quimiolitotróficas (redutoras de CO2) tem pequena contribuição para idêntico fim.
Nos processos de mineralização das substâncias carbonadas, com a conseqüente reposição do CO2 à atmosfera, tem revelante papel os microrganismos heterotróficos. Outra grande contribuição destes no ciclo de carbono é o suprimento de CO2 ao solo, onde este gás funciona como um eficiente solvente na preparação de alimentos inorgânicos para as plantas, a partir de substâncias minerais do solo. De importância relevante é ainda a operação de degradação levada ao cabo pelos microrganismos, das grandes quantidades de celulose, amido e outros inúmeros carboidratos complexos presentes no solo, provenientes de modo especial de tecidos vegetais, sem o que a crosta terrestre se transformaria pouco a pouco numa impenetrável camada de plantas mortas, inteiramente inadequada aos processos vitais que aí tem lugar. O trabalho dos microrganismos, entretanto, forma aproveitável pelas plantas, compostos orgânicos complexos e contribui de modo decisivo para elaboração do húmus.
As fontes de carbono introduzido no solo são numerosas:

Carbono mineral do CO2 atmosférico e dos carbonatos telúricos e o carbono orgânico dos organismos vegetais e animais sob sua múltiplas formas, desde os glucídios simples até as substâncias altamente polimerizadas, como a celulose, ou de estrutura complexa, como a lignina. O metabolismo destas diversas formas varia extraordinariamente no solo devido à estrutura mesma das substâncias carbonadas e a multiplicidade das espécies zimógenas ativas sobre elas. Estas variações traduzem-se por diferentes velocidades de ataque e produção de substâncias metabólicas intermediárias diversas. De fato, se os produtos finais constantemente CO2 e H2O (e mais CH4, em anaerobiose), os produtos intermediários, são extremamente variáveis : ácidos orgânicos, aldeídos, álcoois, açúcares, mais ou menos complexos. A mineralização do carbono orgânico é excepcionalmente realizada em uma única etapa, e via de regra, numerosos grupos bacterianos e fúngicos intervêm sucessivamente até o processo atingir a sua fase final. Este ciclo é ainda complicado pelo fato das substâncias glucídicas estarem constantemente associadas em proporções variáveis, com substâncias azotadas (proteínas) ou lipídicas, com lignina, com resinas, com taninos, etc., Por fim, como último fator de complicação considere-se o fato do que ao mesmo tempo que tem lugar a degradação de carboidratos complexos, os microrganismos sintetizam corpos do mesmo tipo (hemiceluloses microbianas, por exemplo) e seus demais constituintes celulares, tornando-se difícil a separação entre os compostos intermediários de degradação e os de síntese. Uns e outros podem, por combinações químicas ou arranjos físicos, se ligar entre si ou a outros corpos, para formarem as substâncias de reserva húmicas. Tal se apresenta, em linha gerais, a complexidade do ciclo do carbono na natureza.

 

 

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CO2

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¯

¯

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Combustão
 10-12%

Fotossíntese
  ¯

Respiração
 10-12 %

Decomposição
 75-80%

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Plantas e Animais

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Fonte:http:// www.cptec.inpe.br (acessado em 07/12/2002)

 Muitos dos compostos orgânicos ternários (açúcares, amido, ácidos orgânicos, aldeios, etc.,) são decompostos por um número relativamente grande de fungos, bactérias e actinomicetos do solo, através de vários tipos de reações que se desenvolvem em sucessão, no exterior e no interior das células microbianas, resultando na liberação final de CO2. Outros compostos orgânicos ternários, entretanto, tais como celulose, hemicelulose, lignina, pectinas, são utilizadas por menor número de microrganismos específicos, e sua decomposição é, no geral, mais demorada que a dos demais. Entre os vários fatores que afetam a decomposição dos compostos orgânicos, tem especial importância na velocidade desse processo de análise, a relação C/N do material em decomposição, visto que os microrganismos o utilizam tanto como fonte de nitrogênio necessário às suas proteínas como fonte de C. necessária a seus constituintes celulares. Como conseqüência, material com baixa relação C/N é decompostos com rápida liberação do N em excesso, sob a forma de sais de amônio, ao passo que em material com relação C/N elevada, o nitrogênio é retido na forma orgânica por mais tempo, só sendo liberado, à disposição das plantas, quando o processo de decomposição, com conseqüente liberação de CO2, faz baixar a relação C/N do material original.

A geoquímica é uma ciência física importante, interessada na composição química da terra e a troca de elementos entre as diferentes partes da crosta terrestre com seus oceanos, rios, etc. A biogeoquímica, é o estudo das trocas (movimentos de ida e volta) de materiais entre os componentes viventes e não viventes da biosfera. Sobrepondo um ciclo biogeoquímico a um diagrama simplificado de fluxo de energia, com a finalidade de mostrar a inter-relacão entre estes dois processos básicos. Os elementos vitais estão nunca, ou quase nunca distribuídos homogeneamente na natureza e nem presentes sob a mesma forma química através de ecossistema, ao contrário os estão em compartimentos ou pools com várias taxas de câmbio entre eles.

CO2  
(DIÓXIDO DE CARBONO)


Gás incolor e inodoro, resultante de processos de combustão. Asfixiante.

 

 

 

 


    Quem mais emite CO2 (dados de 1997):

 

País

Bilhões de toneladas/ano

EUA

5,2

China

3,1

Japão

1,5

Rússia

1,0

 

 

 

 

Fonte:http:// www.cptec.inpe.br (acessado em 07/12/2002)

 

 

Antes da revolução industrial havia um equilíbrio entre a emissão de gás carbônico (queimadas e respiração) e o seu consumo (fotossíntese), mantendo dessa forma a concentração estável na atmosfera.

O aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera, resultante da queima em larga escala dos hidrocarbonetos, provocou uma intensificação do efeito estufa.

 

 

EFEITO ESTUFA

O ciclo do carbono está estreitamente ligado ao do oxigênio. Os processos de fotossíntese e de respiração se equilibram perfeitamente, e não deveria haver mudança nas quantidades de oxigênio e de gás carbônico envolvidas no ciclo do carbono, a não ser pequenas variações sazonais. (GAINOTTI et al, 2002)

Em um ambiente natural, as variações da intensidade da fotossíntese produzem simplesmente uma oscilação na quantidade de CO2 atmosférico, com um pico no inverno e uma diminuição no verão.

Mesmo durante a noite, quando a fotossíntese não acontece, acima das grandes coberturas vegetais, como as florestas, há um grande e contínuo fluxo de CO2, produzido pela respiração, que vai do solo e da vegetação em direção à atmosfera.

O equilíbrio entre o oxigênio e o gás carbônico estabeleceu-se há mais de 400 milhões de anos. As plantas, de fato, retiram o CO2 da atmosfera e regeneram o oxigênio na mesma velocidade em que o próprio oxigênio é consumido pela respiração.

Hoje, porém, grande quantidade de CO2, proveniente da utilização de combustíveis como o petróleo e o carvão, é emitida para a atmosfera. Calcula -se que o consumo de combustíveis fósseis elimina cerca de 100 bilhões de toneladas de CO2 por ano. O carbono armazenado no solo pelo soterramento de antigas florestas e, assim, destinado a um ciclo longo, é despejado de modo irrefreável no ar. Para que pudessem reciclá-lo com a fotossíntese, as florestas deveriam aumentar em extensão; mas, na verdade, estão sofrendo redução.

Do exame de bolhas de ar retidas em blocos de gelo na Antártica, da análise de dados que remontam à revolução industrial e de medidas sistematicamente realizadas a partir dos anos 50, é possível obter um gráfico que mostra o alarmante incremento de CO2. A concentração de um gás na atmosfera também pode ser expressa em partes por milhão (ppm), isto é, como número de moléculas do gás em um milhão de moléculas do ar.Atualmente a concentração do CO2 corresponde a 350 partes por milhão. No início da era industrial, porém, era de apenas 280 ppm.

 

 

          

 Variações nas concentrações de CO2 atmosférico. Fonte: Gainotti et al, 2002

 

O aumento da concentração de CO2, é motivo de grande preocupação, pois provoca o aumento do efeito estufa, cujas conseqüências, a longo prazo, podem modificar o clima terrestre.

O Efeito Estufa é a forma que a Terra tem para manter constante a temperatura propícia à vida que herdou. Mesmo sendo a atmosfera altamente transparente perante a luz solar cerca de 35% da radiação que recebemos é refletida para o espaço, ficando os outros 65% retidos na Terra. Isto deve-se principalmente ao efeito sobre os raios infravermelhos de gases como o dióxido de carbono, vapor de água , metano, óxidos de azoto e ozônio presentes na atmosfera (totalizando menos de 1% desta).

 

      

                       A atmosfera do nosso planeta, permite a passagem de luz, porém impede a saída de 

calor. É o efeito estufa. Fonte: Silva Jr. et all, 1995.

Em condições normais, o efeito estufa é precioso para a vida. Calcula-se que, se faltasse essa "capa" gasosa que retém o calor, sobre a Terra só haveria gelo: a temperatura seria de 33 graus a menos do que a confortável média atual, de 15 ºC, isto é, baixaria para aproximadamente 18 °C negativos.

Contudo, se a temperatura do planeta aumentar, mesmo que apenas poucos graus (nos últimos cem anos o aumento foi de 0,5 °C), estarão comprometidos todos os biomas, e, com o derretimento das geleiras, acontecerá um aumento do nível dos mares, que poderão invadir as cidades costeiras.

O ciclo do carbono sofre, portanto, uma alteração ocasionada pela prepotente introdução de um fator novo: o progresso humano.               

A quebra do ciclo do carbono é um assunto atual, que preocupa a comunidade científica não apenas pelos efeitos nefastos que pode ter sobre o planeta, mas, sobretudo, porque coloca o mundo frente a dois problemas muito sérios: até que ponto o homem pode interferir nos equilíbrios naturais e até que ponto a biosfera pode resistir às agressões da atividade humana?

     As mudanças do clima no planeta são uma realidade comprovada cientificamente e medidas urgentes são necessárias pra minimizar a ameaça deste fenômeno à humanidade e aos ecossistemas, assim como para a construção de uma sociedade sustentável todas as suas dimensões.

A principal causa do efeito estufa é: a própria queima de combustíveis fósseis, incluindo aí a queima de gasolina e diesel nos motores dos automóveis, as queimadas das florestas para se fazer grandes pastos para o gado, à emissão de gases poluentes pelas industrias, erupções vulcânicas, dentre outras.

Veja na figura abaixo a emissão de cada um na atmosfera:

Fonte:http://www.ecoequilibrio.hpg.ig.com.br (Acessado em 07/12/2002)

 

Como conseqüências do efeito estufa, temos principalmente o aquecimento global, que desencadeará o derretimento das calotas polares que causará o aumento do nível do mar que poderá até inundar cidades litorâneas provocando o seu desaparecimento. Isto também provocará uma mudança nos comportamentos dos rios, provocando grandes enchentes e afetando principalmente as plantações.

Poderá também provocar mudanças no clima da Terra que gerará regiões desérticas (o que pode acontecer com o Nordeste brasileiro, por exemplo.) e regiões sujeitas a grandes tormentas e furacões, causando o deslocamento de milhões de pessoas.

Com o aumento da temperatura também haverá a extinção de várias espécies que não se adaptarão as condições climáticas e isto causará o desequilíbrio em vários ecossistemas e até o desaparecimento de alguns (como por exemplo, os mangues).

Também ajudará o aumento da propagação de doenças causadas por insetos (como dengue), e a sobrevivência de vários fungos e bactérias prejudiciais aos homens, que também passarão a sofrer mais de doenças respiratórias e ter mais ataques cardíacos.

No quadro abaixo podemos notar o aumento de temperatura nos últimos 1000 anos.

 

 

 

 

Fonte:http:// www.cptec.inpe.br (Acessado em 07/12/2002)

 

 

 

MEDIDAS PARA MINIMIZAR O “EFEITO ESTUFA”

 

 

 

O ser humano para reverter a situação caótica na qual se encontra o nosso meio ambiente, necessita modificar as suas atitudes,  seus interesses econômicos e financeiros.

            Podemos perceber que a situação atual na qual vivemos é conseqüência de fatos ocorridos em espaços temporais mais remotos como o advento da Revolução Industrial, onde o homem alterou o seu modo de viver e consumir, mas conseqüentemente também alterou o ciclo da natureza.

            Para amenizar esta situação é necessário que chefes de estados, tanto de países ricos, quanto menos favorecidos tomem as mesmas medidas, pensando em um primeiro plano no ser humano e deixando de lado seus interesses econômicos.

            Com relação ao Brasil, um primeiro grupo de medidas atenuadoras visa à redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE), propondo mudanças nas fontes de obtenção de energia, priorizando investimentos em pesquisa e implementação de fontes que não liberam carbono, e de fontes como a cana-de-açúcar, a mandioca e o babaçu, que apesar de também liberarem carbono, este é reabsorvido à medida que novas plantas se desenvolvem.

            A maior parte dessas medidas já é conhecida, como o Programa Proálcool. A COPPE, por exemplo, já encaminhou alguns projetos ao comitê gestor do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), entre eles o uso do biodiesel como combustível, a partir da reciclagem de óleo vegetal, e a coleta de gás metano e seu uso com combustível, cuja experiência piloto será no Aterro de Gramacho e na Usina do Caju, com a produção de biogás a partir do lixo.

            A razão dessas medidas não terem sido implementadas até o momento com maior êxito, segundo Gilberto Januzzi(2002), é porque “trata-se de uma conjuntura de desenvolvimento econômico que escolheu os combustíveis fósseis como seu eixo principal”. Bilhões e bilhões de dólares giram em torno dos energéticos originados de combustíveis fósseis, e as indústrias apresentam muitos subsídios. “A questão dos Estados Unidos não estarem ratificando o Protocolo de Quioto, ocorre porque isso não interessa economicamente”.

            A eminência de uma mudança tão drástica como a alteração da temperatura global do planeta trás consigo perigos que deviam estar a preocupar muito mais os governos em fazer diminuir as taxas de emissão dos gases de Efeito Estufa para a atmosfera, pelo menos ao nível das atividades industriais e nos automóveis particulares, encarando o problema com o nível de seriedade que este merece.

            A seguir novas tecnologias que podem auxiliar na diminuição do “efeito estufa” encontradas em sites de pesquisa.

 

Energia do Hidrogênio

Introdução

O hidrogênio é o primeiro elemento da tabela periódica, constituído apenas por um próton e um elétron, sendo assim, o elemento mais simples de todo universo. Por este motivo é um dos mais abundantes no universo, pois muitas estrelas, cometas e planetas são formadas basicamente de hidrogênio. No caso das estrelas, é o combustível essencial para o fornecimento de energia para muitos sistemas planetários como o nosso. Um outro exemplo é o planeta Júpiter, que é formado de hidrogênio nas fases líquida, gasosa e sólida.

No nosso planeta só é possível encontrá-lo associado a outros elementos como a água, sendo necessário energia para obtê-lo e, como resíduo temos apenas água, ou seja, uma fonte de energia altamente limpa e sem resíduos tóxicos.

O gás hidrogênio H2 é explorado para uso em motores e combustão e células de combustível. Basicamente temos duas maneiras de obter hidrogênio:

·      Eletrólise: usa-se energia elétrica para promover a quebrar da molécula de H2.

·      Síntese: a partir de substâncias como biomassa e carvão, pode-se obter o hidrogênio.

Combustão do hidrogênio

No processo de combinação entre o oxigênio e hidrogênio, ocorre uma reação do tipo oxidante, com produção de calor e 33.890 kcal/kg. É esta liberação de energia que pode ser aproveitada.

Possibilidades para o Brasil

A tecnologia de obtenção de hidrogênio para exploração energética no nosso país já é uma realidade, o que podemos considerar que o Brasil já está preparado para esta nova era, a do hidrogênio. A UNICAMP domina vários métodos:

·      Eletrólise da água

·      decomposição da amônia

·      Reação de hidretos metálicos

·      ligas de ferro-titânio

·      níquel-magnésio

O hidrogênio pela suas possibilidades, pode ser considerado como vetor energético, pode ser considerado como fonte inesgotável de energia, pois a reação abaixo se dá nos dois sentidos:

H2 + 1/2O2 <=> H20 + 33.890 kcal/kg

Célula de Combustível

A maioria das células de combustível usam o hidrogênio na reação acima para produção de energia e água. Este é a forma usada pela NASA em seu programa espacial. A água de reação é aproveitada para uso da tripulação para beber.

As possibilidades do uso do hidrogênio prometem para o futuro. Entretanto, ainda são caras as células, mas como toda nova forma de energia, a melhoria de sua performance depende em muito da compreensão das nações de que nós devemos preservar o ambiente livre de cargas poluentes, ou pelo menos com menor carga, com menores riscos para a humanidade e, dessa forma podermos nos sentir realmente humano.

 O Combustível do futuro

Mercado de automóveis incentiva pesquisas como a desenvolvida por equipe da USP para a aplicação do H2
www.brasilenergia.com.br (Acessado em 07/12/2002)


 Os cientistas Janólio e Ett, da USP, trabalham na Electrocell, primeira célula combustível de hidrogênio do BrasilO automóvel movido a hidrogênio, com emissão zero de carbono, pode se tornar realidade dentro de alguns anos. Uma equipe formada por engenheiros eletricistas, eletrônicos, químicos e de software da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos desenvolve o protótipo da primeira célula combustível de hidrogênio do Brasil.
Como fonte primária de energia, o hidrogênio poderá substituir, futuramente, energias não-renováveis, como os derivados do petróleo. O considerável interesse mundial em fontes de energia limpa elevou, nos últimos três anos, o número de empresas e entidades de pesquisa que trabalham com células combustíveis de 275 para 700.
Os cientistas Gilberto Janólio e Gerhardt Ett, responsáveis pela pesquisa da USP, trabalham na Electrocell, do Centro Incubador de Empresas Tecnológicas de São Paulo (Cietec). Segundo eles, duas multinacionais que, por enquanto, preferem manter-se em sigilo interessaram-se pelo protótipo. Uma é do ramo automobilístico, a outra, do setor de energia. O veículo movido a hidrogênio vai revolucionar a paisagem urbana e contribuir para reduzir a poluição atmosférica e sonora das grandes cidades. No modelo previsto pelos cientistas, os motoristas abastecerão seus veículos nos postos convencionais com qualquer combustível líquido. Neste caso, o automóvel também deverá estar equipado com reformador, componente que retira o hidrogênio puro e o conduz para a célula combustível. Esta, por sua vez, transforma-o em energia elétrica. O rejeito é vapor d’água, praticamente potável. A poluição é zero, garantem os pesquisadores.
O hidrogênio é a energia da ligação molecular dos hidrocarbonetos. Em estado puro, ele entra na célula combustível e transforma energia química diretamente em energia elétrica. O protótipo da célula de hidrogênio de 24 V e 1,2 kW mede 32 cm de comprimento, 18 cm de largura e 18 cm de altura, e combina átomos de hidrogênio e de oxigênio, gerando energia por corrente elétrica. O que torna essa tecnologia diferente, na avaliação dos cientistas, é que o rendimento é superior a qualquer forma de geração de energia, e pode chegar a quase 100%. Os pesquisadores montaram em laboratório uma bancada de testes para célula combustível de hidrogênio com um simulador de consumo de energia elétrica. Lá, estudam as condições de polarização da célula, a influência dos controladores de vazão mássica e o comportamento das correntes harmônicas.
A equipe está pesquisando dois tipos de célula, com finalidades distintas. A PEM (Próton Exchange Membrane) trabalha em baixas temperaturas e produz em quilowatts. Seria a ideal para automóveis. Já a SOFC (Solid Oxid Fuell Cell) trabalha em altíssimas temperaturas e gera em megawatts, podendo ser aproveitada para grandes projetos de geração elétrica. “Essa tecnologia seria útil também para projetos de co-geração, observa Janólio.·............................”.

www.amerlis.pt/fuel_cell/fuelcell.htm(Acessado em 07/12/2002)

 

O que são as pilhas de combustível? 

     A pilha de combustível é um dispositivo eletroquímico em que um combustível e um oxidante reagem diretamente, produzindo eletricidade. Uma vez que este processo não segue o ciclo termodinâmico,as temperaturas altas não são necessárias para uma boa eficiência. Além de eficientes, as pilhas de combustível apresentam a vantagem de serem silenciosas e não poluentes.

Motores de combustão interna vs. Pilha de Combustível  

Nos sistemas de propulsão tradicionais, os combustíveis são queimados num motor de combustão interna. Conseqüentemente, os átomos que os constituem reagem na presença de oxigênio. Neste processo designado por oxidação, os átomos do combustível doam elétrons aos átomos de oxigênio. O combustível é oxidado e o oxigênio é reduzido, em simultaneidade. Desta reação resulta a libertação de energia térmica, transformada em energia cinética pelas componentes mecânicas do motor. Numa pilha de combustível, as reações de oxidação e redução são separadas por um eletrólito. A separação destas duas reações resulta na produção de uma carga negativa no ânodo e positiva no cátodo. Aplicando uma corrente, pode retirar-se energia elétrica desta reação. Embora exista similaridade com os processos que ocorrem nas baterias, é importante perceber que numa pilha de combustível os reagentes (combustível e oxigênio) são fornecidos por uma fonte externa. A pilha de combustível, por isso, nem pode estar "vazia" nem necessita de ser "recarregada".

 


Não poluente, silenciosa e eficiente... Embora as pilhas de combustível sejam realmente eficientes, da conversão de energia química em eletricidade resulta, também, a produção de calor. No caso da aplicação em veículos o calor não é aproveitado, mas noutras aplicações esse aproveitamento é feito resultando num aumento da eficiência total do sistema. Os veículos a pilha de combustível "poupam-nos" dos ruídos incomodativos dos motores tradicionais, uma vez que a produção de energia não está dependente nem de combustão nem do movimento de elementos mecânicos. O produto da reação é o combustível oxidado. Se utilizar diretamente o hidrogênio, o produto da reação é apenas vapor de água. Conseqüentemente, um veículo que utilize este tipo de sistema de propulsão é classificado como veículo de emissões nulas - ZEV (zero emission vehicle). Se o combustível utilizado para alimentação da pilha for um hidrocarboneto, o dióxido de carbono pode estar também presente. Outra das vantagens das pilhas de combustível é o fato de a temperatura de operação ser relativamente baixa, o que evita a produção de óxidos de azoto (NOx). Os NOx contribuem para a poluição do ar nos grandes centros urbanos e para a degradação das fachadas dos prédios.

 

 

Tipos de células de combustível
Às pilhas de combustível são geralmente atribuídos nomes que designam o tipo de eletrólito que os diferentes sistemas utilizam: 

AFC alkaline fuel cell , pilha de combustível alcalina
PAFC phosphoric acid fuel cell , pilha de combustível de ácido fosfórico 
MCFC molten carbonate fuel cell , pilha de combustível de carbonato fundido
SOFC solid oxide fuel cell , pilha de combustível de óxido sólido
SPFC solid polymer fuel cell , pilha de combustível de polímero sólido 
As SPFC também são designadas por: 
SPEFC solid polymer electrolyte fuel cell
PEFC proton exchange fuel cell ou polymer electrolyte fuel cell
PEMFC proton exchange membrane fuel cell
IEMFC ion exchange membrane fuel cell

DMFC direct methanol fuel cell , pilha de combustível em que o combustível  utilizado é o metanol (exceção à regra de designação em função do eletrólito) 

.

Temperatura de operação [oC] 

Combustível*  

Eletrólito  

Aplicação  

AFC

80 

H 2  

KOH
(hidróxido de potássio) 

transporte aeroespacial 

SPFC

40-80 

H 2 (/CO 2

polímero 

transporte, produção de eletricidade (rede e baterias), co-geração 

DMFC

60-130 

metanol 

polímero 

produção de eletricidade (baterias), transporte (?) 

PAFC 

200 

H 2 (/CO 2

ácido fosfórico 

produção de eletricidade (rede), co-geração** 

MCFC

650 

H2, CO 

carbonato fundido 

produção de eletricidade (rede), co-geração** 

SOFC

1000 

H 2 , CO 

óxido sólido 

produção de eletricidade (rede), co-geração** 

Nota:*Pilhas de combustível que aceitem misturas de H 2CO 2 podem, em combinação com reformador, utilizar alguns hidrocarbonetos; **co-geração: produção de energia elétrica e energia térmica.

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Sistema SPFC


      A pilha de combustível com eletrólito de polímero sólido utiliza a característica da membrana de polímero para a condução de íons positivos de hidrogênio: prótons. O eletrólito é disposto entre dois eletrodos, finas camadas que contêm catalisadores de platina com a função de ajudar as reações de oxidação e redução. Estes eletrodos são geralmente aplicados num suporte de fibra de carbono ou grafite. A combinação dos eletrodos e eletrólito de membrana de polímero é designada por MEA ( membrane electrode assembly ) . O MEA é colocado entre dois compartimentos onde fluem os gases, produzindo uma célula individual. Quando o hidrogênio entra no compartimento do ânodo e o ar (ou oxigênio) no compartimento do cátodo, produz-se um potencial elétrico de aproximadamente 1 Volt. Quando o ânodo e o cátodo são ligados por uma carga elétrica externa, produz-se corrente a partir do consumo de hidrogênio e oxigênio. 

sistemaSPFC

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   A tensão da SPFC varia em função da corrente retirada da célula. Após uma quebra inicial da tensão, existe uma relação quase linear entre a densidade de corrente e a tensão. Com elevada densidade de corrente, próxima da potência máxima, a tensão começa a diminuir de forma não linear. 

curva_spfc

www.amerlis.pt/fuel_cell/fuelcell.htm (acessado em 07/12/2002)

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O que constitui uma pilha de combustível?
A pilha de combustível é constituída por séries de células individuais. Por si só, uma célula produz uma tensão inferior a 1 Volt. "Empilhando" em série várias células individuais obtém-se uma pilha com uma tensão praticável. Entre as células, são dispostas placas separadoras. Estas placas são constituídas por materiais condutores como a grafite ou metais resistentes à corrosão. As placas são configuradas de forma a que os reagentes entrem em contacto com Celulaos eletrodos. Podem utilizar-se placas similares para arrefecimento da pilha, embora a função de refrigeração possa ser efetuada também através das placas separadoras. Em alguns casos a pilha possui uma secção de umidificação dos gases reagentes. A pilha é completada por placas coletoras de corrente. O número de células numa pilha varia entre 10 e cerca de 100. Existem células com superfície desde 100 a 300 cm 2 . A gama de potência das pilhas é de 1 kW até cerca de 100 kW. Para pilhas que operam a ar e H2, o valor máximo de potência atingido por unidade de volume (ou massa) ronda o 1 kW/L ou 1 kW/kg. 

 


O que faz funcionar uma pilha de combustível?


O funcionamento de uma pilha de combustível requer a contínua alimentação de ar e hidrogênio para produzir corrente. Durante a operação, as células que constituem a pilha produzem calor que tem de ser removido. Assim, a pilha necessita de componentes auxiliares para operar. Estas componentes são:


· Compressor ou ventilador para fornecer ar ao cátodo; 
· Reformador, caso o combustível utilizado seja um hidrocarboneto; 
· Circuito de refrigeração; 
· Separador para remoção de água contida nos gases saídos do cátodo; 
· Bomba para recirculação dos gases rejeitados pelo ânodo; 
· Controlador do sistema (computador de bordo); 
· Sistema de alimentação de combustível. 

O sistema de armazenagem do combustível pode ser um cilindro contendo hidrogênio comprimido (associado a um controlador da pressão) ou um depósito de hidrogênio liquefeito (mantido a cerca de -250 ºC). No caso da utilização de hidrocarbonetos, o sistema tem de compreender um processador de combustível (reformador de combustível ou purificador de gás) que fornece o hidrogênio para a pilha de combustível. A energia elétrica produzida pela pilha (ou pilhas) é transmitida ao conversor para transformação em corrente alternada que alimentará os motores elétricos de tração. Para cobrir os picos de carga, por exemplo durante o arranque e aceleração, pode ser utilizada uma bateria auxiliar: sistema híbrido. 

 

 

Reformadores


Os reformadores são dispositivos que convertem os hidrocarbonetos em misturas de hidrogênio e dióxido de carbono. Os dois principais métodos utilizados são a conversão pelo vapor de água e a oxidação parcial. Na conversão pelo vapor os hidrocarbonetos e a água reagem para formar a mistura gasosa de H 2 , CO 2 e CO. Este processo requer calor para ocorrer. No processo de oxidação parcial é utilizado ar e, conseqüentemente, o gás resultante contem uma quantidade considerável de azoto (N 2 ). A oxidação parcial é uma reação exotérmica (gera calor). A combinação dos dois processos é designada por "reforma autotérmica" uma vez que, teoricamente, não produz nem requer o fornecimento de energia térmica para ocorrer.

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A Opel está a desenvolver um protótipo do modelo Zafira a pilha de combustível. Prevê-se que em 2004 o Projecto Hydrogen 1 esteja concluído e possa passar à produção em série.

O hidrogênio é armazenado na forma criogênica, a cerca de 6 bar, num reservatório de aço com parede dupla.

 

 

 

 

 

 

Projeto em desenvolvimento


A CARRIS, Companhia de Carris de Ferro de Lisboa está a participar com vários parceiros - num projeto europeu para o desenvolvimento de um autocarro com propulsão a pilha de combustível. O Projeto integra-se no Programa Comunitário Thermie e prevê o teste deste autocarro na cidade de Lisboa, durante dois meses. De entre os parceiros envolvidos neste projeto destacam-se um fabricante de autocarros (MAN), a APVE - Associação Portuguesa do Veículo Elétrico , o Instituto Superior Técnico, um fabricante de pilhas de combustível e outras empresas de transportes.

bus_fuelcell

www.amerlis.pt/fuel_cell/fuelcell.htm (acessado em 07/12/2002)

 

Os STCP (Soc. de Transportes Coletivos do Porto) estão também envolvidos num projeto de demonstração de autocarros a pilha de combustível, que prevê em 2003 a realização de experiências com viaturas da Mercedes.

 


Que combustível usar em veículos?

 
As pilhas de combustível de polímero sólido requerem hidrogênio para operar. Quando o combustível utilizado é o hidrogênio, o sistema é relativamente simples e a eficiência do veículo é maximizada. No entanto:

- o hidrogênio não é facilmente disponibilizado, os custo de produção e armazenagem são elevados; 
- a sua distribuição até à estação de abastecimento tem que ser feita em veículos especiais que permitam o transporte do hidrogênio no estado líquido (a cerca de - 250 ºC); 
- o seu armazenamento no veículo é problemático, resultando em custos elevados devido às condições de baixa temperatura a que deve ser mantido;
- as perdas associadas à produção, liquefação ou compressão reduzem a eficiência fonte-utilização final a um nível em que a sua utilização pode não ser mais eficiente que a de metanol, gás natural ou gasolina;
- ainda não existe legislação que defina o hidrogênio como carburante para transportes terrestres. 

Uma vez que o abastecimento de hidrogênio necessita de infraestruturas dedicadas, a sua construção só se torna viável para grandes frotas (empresas de autocarros e de distribuição e entregas, por exemplo) que operem em circuito urbano. O alargamento à utilização em outros segmentos de mercado pode ser uma perspectiva a longo prazo se o peso do consumo de energia alternativa se tornar comum. Nessa condição, o hidrogênio poderá constituir um importante vetor energético. Por forma a evitar problemas de distribuição e armazenagem a bordo, o uso de hidrocarbonetos líquidos como combustível é uma das opções viáveis. Estes combustíveis podem ser convertidos para hidrogênio no veículo, através da utilização de um processador ou reformador.

Metanol
Durante algum tempo, o metanol foi considerado como o melhor candidato a combustível para os veículos a pilhas de combustível ( fuel cells ). O metanol é convertido para hidrogênio a temperaturas entre os 220-240 ºC produzindo gás com razão H 2 /CO 2 de 3:1. Normalmente, o metanol é produzido em largas quantidades a partir do gás natural e armazenado em stock para a indústria química. Para a utilização em veículos apresenta a desvantagem de ser um produto tóxico em contacto com a pele, o que traz restrições quanto ao seu manuseamento. O processador que a bordo reformula o metanol para hidrogênio chega a pesar cerca de 130 kg, com capacidade para produzir potências de 61 kW. 

Gás natural
Entre os vários fabricantes, existe um consenso em relação à utilização do gás natural como combustível de partida para pilhas de combustível. O fato de já existirem redes de gás natural para os sectores doméstico e industrial, faz com que este seja um combustível disponível e o mais conveniente. Para aplicações estacionárias já existem técnicas de reformação do gás natural para obtenção de hidrogênio. A ligação carbono-hidrogênio na molécula de metano é muito forte, sendo necessárias elevadas temperaturas para a reformação. O gás natural pode ser reformado na estação de abastecimento, em vez de o ser a bordo do veículo.

A utilização da gasolina está, em parte, restringida pelo fato de este combustível não ser facilmente reformável a bordo. Por isso, a eficiência da sua utilização é inferior à do gás natural e do metanol. No entanto, apresenta a vantagem de as perdas na produção e distribuição serem consideravelmente inferiores às do hidrogênio e do metanol. Com o avanço tecnológico dos reformadores para a gasolina, a utilização das pilhas de combustível seria bastante beneficiada. 

Biogás
Pode ser também utilizado o biogás, promovendo assim a utilização de uma fonte de energia renovável.

 


Aplicações estacionárias
Para muitos países, a escolha de combustíveis para aplicações estacionárias é o gás natural, propano e diesel. Para este tipo de aplicação, o processo de conversão não difere em grande parte do dos veículos. O propano é mais facilmente reformável que o gás natural que, por sua vez, é mais fácil que o diesel.

Remoção do CO
Em função da temperatura a que o processo de reformação se realiza assim variam as concentrações de formação de CO, podendo-se situar entre 1 e 20%. Uma vez que o CO é um inibidor da platina (Pt) que constitui o catalisador das SPFC, a sua concentração tem de ser reduzida para concentrações entre 10-100 ppm. 

 

 

 

Energia Solar

Introdução

O Sol é a mais próxima estrela de nosso planeta Terra. Ele está a aproximadamente 150 milhões de quilômetros de distância, brilhando a bilhões de anos fornecendo energia para a manutenção da vida na superfície do planeta. Sem o Sol não haveria como prover a Terra da maior dádiva que temos, a vida. Podemos dizer, sem receio de errar que a maior parte da energia de que dispomos provém do Sol. Os alimentos que consumimos são o resultado da conversão da energia solar através da fotossíntese realizada pelas plantas. A atual comunidade global tem como matriz energética o petróleo e seus derivados, que tem como fonte a energia solar, armazenada durante milhões de anos na forma de combustíveis fósseis. Podemos dizer que essas duas fontes são indiretas, pois fornecem energia após um processamento.

Entretanto a energia solar na forma direta também pode ser aproveitada e possui características importantes em comparação com outras formas de energia, como por exemplo:

·      Renovabilidade quase infinita - para a escala de tempo humana, o Sol ainda brilhará por muitos bilhões de anos, o que lhe confere uma infinitude de fornecimento de energia;

·      Impacto ambiental - em comparação com outras fontes, é mínimo o impacto ambiental, pois não deixa resíduo;

·      Regionalidade - é uma fonte de aplicação regional não necessita ser transportada por grandes distâncias.

A utilização da energia solar é uma das mais antigas, pois muitas civilizações antigas como os índios pré-incaicos, já utilizavam-na para preservação de alimentos secando-os ao sol. No nordeste brasileiro e litoral, esta prática se dá como a prática de secagem de peixes e carnes como forma de ampliar o tempo de consumo desses alimentos.

As aplicações atuais são mais bem estruturadas para atender a uma concepção moderna de vida. Nos últimos cem anos houve aperfeiçoamentos das formas de aproveitamento energético. Basicamente, temos duas maneiras de uso direto da energia do sol: através da luz emitida pelo sol e calor. De forma indireta temos a biomassa, as marés, dos ventos, dos oceanos pela diferença de temperatura. A necessidade de aproveitamento energético solar se dá pelo fato de que a atual fonte energética petrolífera estar com os dias contados e aí entraremos em uma problemática de ordem planetária e uma pergunta surge: "como iremos suprir a demanda de uma sociedade que cresce constantemente?", "Como poderemos armazenar energia para atender a essa demanda?". Estas questões têm que começar a ser discutida desde já e não esperar o momento da retirada da última gota de petróleo do poço virado uma peça de museu como demonstrativo de qual foi a mola propulsora da humanidade por pouco mais de 150 anos.

Tipos de Coletores solares

 São dispositivos que transformam a luz do sol em calor, que pode ser utilizado para aquecimento de água. Para isso aproveitam-se as características dos materiais como emissão, absorção e reflexão de luz e calor. Todos os corpos irradiam ondas eletromagnéticas e que dependem da temperatura. É o que denominamos de radiação térmica. Um corpo ideal emite toda a radiação possível a uma dada temperatura é chamado de corpo negro. O princípio de funcionamento dos coletores solares é o efeito estufa. Todo corpo exposto à radiação tende a se aquecer por absorção de energia e de acordo com a cor deste corpo este aquecimento se dará mais ou menos rápida. Para placas absorvedoras dos coletores é usada a cor preta fosca por possuir maior capacidade de absorção calorífica. A luz solar, ao incidir sobre a superfície, aquece, mas também há uma emissão de energia ultravioleta. Para garantir que a energia fique confinada, os coletores solares são construídos como recipientes na forma de caixas de forma a que haja o máximo de aproveitamento dessa energia radiante, como mostra a figura abaixo:

 http://geocities.yahoo.com.br/saladefisica5/leituras/eolica.htm(acessado em 07/12/2002)

A energia que irradia da placa absorvedora é retida pela placa de vidro plano proporcionando o denominado efeito estufa, semelhante ao que acontece quando entramos em nosso carro após ficar exposto ao Sol por muito tempo. Este tipo de coletor é mais utilizado para aquecimento de água, bastando que se coloque acoplado uma tubulação na parte interna, próximo à placa absorvedora e que se tenha uma caixa de água com isolamento térmico para evitar dissipação de energia.

Segundo literaturas, a potência solar estimada é da ordem de 1018cvh ou 7,3.1017kWh. A incidência diária de energia solar sobre a superfície terrestre é da ordem de 1443 kWh/m2. Ainda falando sobre dados energéticos, uma área de 42 000 m absorve diariamente a energia produzida pelo homem. Entretanto, produzimos muito pouco em relação ao que está disponível, pois a metade dessa energia é refletida para o espaço pela camada mais externa da atmosfera terrestre, alem de estarmos tecnologicamente aquém das necessidades e do alto custo de produção. Outro fator é que a energia solar não é portátil e não pode ser armazenada, ao contrário dos combustíveis que são utilizados atualmente no mundo.

 http://geocities.yahoo.com.br/saladefisica5/leituras/solar.htm (acessado em 07/12/2002)

Todo o calor da Terra, exceto o obtido no interior dos átomos, vem, em última análise, do Sol. Além de aquecer a Terra, o Sol fornece a energia utilizada pelas plantas na síntese do alimento que fornece o combustível necessário às funções e aos animais que o comem. O calor do Sol produz a evaporação da água dos oceanos, formando as nuvens que caem sob a forma de chuva sobre as montanhas e descendo correm para o mar. O homem coloca turbinas no caminho por onde passa a água, transformando sua energia em energia elétrica. Os demais combustíveis utilizados pelo homem como gás, petróleo, carvão e a madeira são remanescentes ou produtos de organismos cuja energia original foi derivada do Sol.


       O carvão, o gás natural e o petróleo, chamados combustíveis fósseis, têm reservas limitadas. Talvez a solução do problema esteja diante de nós quando olhamos para o céu - o próprio Sol, que por milhões de anos nos tem fornecido sua energia. A luz solar proporciona ao Brasil em cada dois dias energia igual a todas as reservas remanescentes de combustíveis fósseis. Como utilizar essa energia, entretanto, é que é o problema. Uma vez que ela nos alcança de forma tão difusa. Para transformá-la numa fonte eficiente de energia, ela deve ser captada e concentrada, como numa fornalha solar, processo este que custa muito caro. A escuridão e o mau tempo também causam interrupções constantes na recepção da irradiação regular da energia do Sol. Por conseguinte, as mais importantes aplicações industriais da força solar ainda estão bem distantes, mas em pequena escala ela já é utilizada com êxito.
A energia solar pode ser usada de várias maneiras. A luz solar pode ser captada por espécies de estufas colocadas nos telhados das residências, que aquecem a água que passa por elas através de serpentinas. Pode ser aproveitada através de um forno solar, que concentra os raios solares por meio de espelhos curvos. Ou também por meio de células fotovoltáicas, que convertem diretamente a energia solar em energia elétrica. Este processo tem grande aplicação em satélites artificiais. 

 http://geocities.yahoo.com.br/saladefisica5/leituras/solar.htm (acessado em 07/12/2002)

Painel solar

     O aquecimento da água para ser aproveitada nas residências e feito com uma caixa semelhante a uma estufa, coberta com vidro. A radiação solar incide na parte transparente do coletor. Parte dessa radiação atinge a chapa de alumínio pintada de preto no interior da caixa. A pintura preta aumenta a absorção da energia incidente.

Fixada à placa de alumínio encontra-se a tubulação de água. Pelo processo de condução, parte do aquecimento da placa é transmitido para a água. Uma vez aquecida, a água na tubulação fica menos densa e sobe indo para o reservatório. Ao mesmo tempo, a água mais fria desce da parte inferior do reservatório. A água quente, pronta para o consumo, é retirada da parte superior do reservatório, e uma nova quantidade de água é introduzida na parte inferior.

 http://geocities.yahoo.com.br/saladefisica5/leituras/solar.htm (acessado em 07/12/2002)

O mesmo princípio pode ser utilizado para o aquecimento e refrigeração de residências. A casa tem suas paredes de face sul (hemisfério norte) pintado de preto às quais se superpõem paredes de vidro: a radiação atravessa o vidro e aquece a parede, dando origem a uma coluna ascendente de ar quente entre ambas. Com aberturas convenientes no sistema, o ar pode circular no interior da casa, aquecendo-a ou resfriando-a. Como a parede retém o calor por várias horas, o sistema continua a funcionar durante a noite e nos períodos nublados do dia.

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Forno solar
Um exemplo de aplicação do forno solar está em Odeillo, nos Pirineus franceses, um colossal espelho parabólico (formado por 9.500 espelhos planos individuais), com a altura de um edifício de sete andares, focaliza os raios solares em um forno dentro da torre do coletor, fazendo-o alcançar temperaturas de até 3.800º C, o suficiente para abrir um furo de 30 cm de diâmetro numa chapa de aço de 3/8 de polegada de espessura, em apenas 60 segundos.

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Células solares fotovoltaicas
         A energia solar é usada também na geração contínua de eletricidade. Para isso utilizam-se as "células solares", desenvolvidas nos anos 50 pela companhia norte americana Bell Telephone para emprego em satélites artificiais. Apresentam uma eficiência de da ordem de 18%, pois a maior parte da energia solar se perde sob a forma de calor.
As células solares são semicondutores constituídos de cristais de silício nos quais se introduzem impurezas (pequenas porcentagens de boro ou arsênio). Com isso, formam-se no condutor regiões de tipo N e do tipo P, com propriedades diferentes: na região N há excesso de elétrons enquanto na região P apresentam-se lacunas que podem ser preenchidas por elétrons. Quando atinge o cristal, a luz excita os seus elétrons, que tendem a se deslocar pelo semicondutor, o que resulta numa corrente contínua.
Se a utilidade das células solares é grande nos satélites artificiais, o mesmo não pode ser dito em relação às aplicações terrestres, pois elas não possuem capacidade de armazenamento, os custos de sua fabricação são bastantes elevados e apresentam uma eficiência de conversão muito baixa. Para operar um aquecedor elétrico de 500 W, por exemplo, seriam necessários 2,5 m2 de células, mesmo que sobre elas incidisse a radiação máxima do Sol. 

 

 

Energia Eólica

Introdução

O uso da energia eólica é muito antigo, e o homem já utilizava como forma de convertê-la em trabalho útil. A principal mola propulsora da colonização européia foram as naus movidas a vento. O fenômeno de formação de ventos se dá pelo aquecimento desigual que ocorre na superfície do planeta Terra. A massa de ar que se apresenta com maior temperatura diminui sua densidade. Essa massa de ar sobe na atmosfera. O espaço deixado pela massa é ocupado por uma massa de ar de maior densidade e menor temperatura, ocorrendo assim, uma movimentação de massas. Esta movimentação de massas de ar caracteriza a convecção térmica, isto é, o vento, que nós sentimos em nossa pele e que tem energia aproveitável. Aí entra a pergunta: e o vento tem energia? Tem sim. O conceito físico de energia se refere ao movimento. Tudo que tem movimento possui energia. A energia está na natureza sob diversas formas e uma delas é a que nós estamos discutindo aqui, a ENERGIA EÓLICA. A energia eólica pode ser convertida de em energia útil por dois tipos de sistemas bem definidos:

- Um de simples construção, o "moinho de vento", que a civilização usa há mais de 300 anos para produção de energia mecânica. São aqueles moinhos que são característicos dos países baixos como a Holanda.

- O outro, mais modernos, e com um melhor aproveitamento da energia e que serve para produzir energia elétrica, são os aerogeradores.

Mas não só na forma de moinhos e aerogeradores encontramos sistemas de aproveitamento de energia eólica. Um exemplo marcante na história da humanidade foram as caravelas e naus, que desbravaram os mares para explorar regiões muito distantes. E assim se deu o processo de exploração das colônias portuguesas e espanholas, e mais tarde inglesas, francesas, holandesas, etc.

               Disponibilidade da Energia Eólica

A disponibilidade de energia eólica está ligada a diversos fatores, dentre os quais, físicos e geológicos. A formação da energia eólica se dá devido à diferença de aquecimento da superfície terrestre. Isto acontece por vários motivos. Um deles é a inclinação do eixo terrestre, fazendo com que os raios solares cheguem inclinados à superfície.

 http://geocities.yahoo.com.br/saladefisica5/leituras/eolica.htm (acessado em 07/12/2002)

Na figura acima podemos ver o efeito dessa inclinação, que é um fator determinante para a definição das estações do ano. Portanto, a disponibilidade de energia eólica é variável de várias maneiras: depende da hora do dia, da estação do ano, e de outros aspectos climáticos. A diferenciação de aquecimento da superfície modifica a densidade do ar (por densidade, defini-se a relação entre a massa e o volume ocupado pela mesma). O ar mais quente é menos denso e sobe na atmosfera. O vazio deixado por ele é ocupado por uma massa de ar mais frio, que possui maior densidade. Esta diferença proporciona um deslocamento de massas denominado correntes de convecção. O movimento das massas é dotado de um tipo de energia denominada Energia Cinética, expressa pela equação abaixo:

Onde v é a velocidade do vento e m a massa de ar que passa por uma área a varrida pelas pás em rotação. A massa, por sua vez, deve ser obtida, pela equação:

       onde a é a área, é a densidade do ar e v é a velocidade do vento.

Essa equação da energia é obtida a partir das leis de Newton. Entretanto, a energia eólica não pode ser totalmente convertia em energia aproveitável, assim como em qualquer processo de conversão de uma energia em outra.

Para medir a velocidade do vento, são utilizados os anemômetros, que são dispositivos semelhantes a um moinho de vento (do grego anemós=vento, metros=medidor). Com a velocidade, podemos estimar a potência disponível pela equação:

Onde P é potência em quilowatt por metro quadrado e v é a velocidade do vento em metro por segundo.

Um detalhe a respeito desta equação é proporcionalidade ao cubo, o que faz com que, para pequenas reduções na velocidade do vento, há uma grande perda de potência. O rendimento de um gerador eólico é expresso pela relação entre a velocidade da ponta da pá e a velocidade do vento.

Outro fator que influencia o aproveitamento da energia eólica é o tipo de rotor. O rotor com duas pás tem um melhor desempenho que um rotor de mais pás e, para cada tipo de rotor há uma velocidade mínima para operar, onde abaixo dela o rotor não inicia a operação, devido a perdas de energia, principalmente por atrito.

A estimativa da velocidade do vento tem que levar em consideração a altitude, pois ela aumenta em função da altura em relação ao solo, de acordo com a fórmula abaixo:

V - velocidade do vento à altura h; Vo - velocidade do vento à altura ho de referência; - coeficiente do perfil do vento à vertical, tendo como valores referenciais 0,16 para terrenos planos; 0,28 para terrenos acidentados e arborizados; 0,40 para as cidades.

As correntes de vento são influenciados pelas condições geográficas relacionadas abaixo:

1- As melhores condições são observadas nos litorais e no mar, com diminuição a partir de 1 km do litoral para o interior;

2- Segue-se como melhores lugares as montanhas;

3- As planícies possuem os mais baixos níveis de incidência de ventos.

O clima é um outro parâmetro importante para a estimativa de incidência de ventos, tendo na região equatorial úmida uma região praticamente sem vento, mesmo no mar ou litoral. Em climas quentes a energia eólica conversível é boa, bem como nos climas quentes ou secos. Em países quentes e ventosos, a energia eólica não pode ser aproveitada devido à incidência de ciclones.

O homem vive num oceano de energia. Ao redor dele a natureza trabalha constantemente, expendendo energia em tão inesgotáveis quantidades que dela o homem pode aproveitar apenas uma fração. As quedas de água poderiam proporcionar força hidrelétrica suficiente para suprir 80% da energia total consumida pelo homem, embora ele use apenas 1 ou 2% dela. Se os ventos fossem dominados, eles poderiam produzir duas vezes mais eletricidade do que a força da água o faz agora.A atmosfera da Terra age como uma gigantesca máquina térmica. Os raios do Sol, mais fortes no equador do que nas regiões polares, causa o aquecimento do ar tropical que se eleva, cedendo lugar ao ar polar mais frio que se move para tomar-lhe o lugar. Esse fluxo é constantemente perturbado pela rotação da Terra e por condições atmosféricas locais. O resultado é o vento. Esta força pode criar o sopro de uma ventania ártica, ou, ainda, a pavorosa fúria de um ciclone de 800 km por hora. Embora imprevisível e inconstante, mesmo assim o vento tem sido importante fonte de energia para o homem. Durante séculos o vento impeliu navios à vela e moveu moinhos.

 http://geocities.yahoo.com.br/saladefisica5/leituras/eolica.htm(acessado em 07/12/2002)

Os moinhos de vento foram inventados na Pérsia no século V. Eles eram usados para bombear água para irrigação. Os mecanismos básicos de um moinho de vento não mudaram desde então: o vento atinge uma hélice que ao movimentar-se gira um eixo que impulsiona uma bomba, uma moenda ou, em tempos mais modernos, um gerador de eletricidade.

 http://geocities.yahoo.com.br/saladefisica5/leituras/eolica.htm(acessado em 07/12/2002)

As hélices de uma turbina de vento são diferentes das lâminas dos antigos moinhos porque são mais aerodinâmicas e eficientes. As hélices têm o formato de asas de aviões e usam a mesma aerodinâmica. As hélices em movimento ativam um eixo que está ligado à caixa de mudança. Através de uma série de engrenagens a velocidade do eixo de rotação aumenta. O eixo de rotação está conectado ao gerador de eletricidade que com a rotação em alta velocidade gera energia elétrica.

http://geocities.yahoo.com.br/saladefisica5/leituras/eolica.htm(acessado em 07/12/2002)

Os ventos quase incessantes de todo o litoral brasileiro, até agora aproveitados apenas para bombear água, em cataventos rústicos, passarão a ser usados para gerar energia elétrica. As pesquisas nessa área vêm sendo realizadas pelo Centro Brasileiro de Testes de Turbinas Eólicas (CBTTE), ligado a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Estima-se que até 2005 o país deva ter 1.600 turbinas eólicas.
A energia eólica é atraente por não causar danos ambientais, e ter custo de produção baixo em relação a outras fontes alternativas de energia.

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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