Geração de
energia elétrica e o meio ambiente
INTRODUÇÃO
Neste projeto
visamos inter-relacionar Biologia, Física e Química através de atividades
práticas e de pesquisa sobre energia elétrica e o impacto ambiental.
Para desenvolver
as atividades propostas do projeto, outras disciplinas serão envolvidas:
Português, Geografia, Matemática, História , Sociologia e Educação Artística.
Segundo os
Parâmetros Curriculares Nacionais que diz: “Numa perspectiva transdisciplinar
desenvolvemos no espaço escolar, ações pedagógicas integradas explorando
diferentes assuntos e abordando-os nas diversas disciplinas”.
Neste contexto o
papel das disciplinas envolvidas é o de colaborar para a compreensão do mundo e
suas transformações, contribuindo para a ampliação das explicações sobre os
fenômenos da natureza, para o entendimento e o questionamento dos diferentes
modos de utilizar os recursos naturais.
Segundo Paulo
Freire, no seu livro Pedagogia da Autonomia - saberes necessários a prática
pedagógica, que nos remete para o centro maior da ação educativa, que deve ser
a formação de sujeitos históricos conscientes de suas ações, como indivíduos
que fazem parte do meio social e que interagem entre si.
AFINAL O QUE É
ENERGIA?
1. O conceito de energia
Segundo o "mestre Aurélio" (Novo
Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, Editora Nova Fronteira):
Energia. [Do gr. energéia, pelo lat. energia]. 1. Maneira como se exerce uma força. 2. Força moral; firmeza. 3. Vigor, força. 4. Filos. Segundo Aristóteles, o exercício mesmo da atividade, em oposição à potência da atividade e, pois, à forma; energéia. 5. Fís. Propriedade de um sistema que lhe permite realizar trabalho. [A energia pode ter várias formas (calorífica, cinética, elétrica, eletromagnética, mecânica, potencial, química, radiante), transformáveis umas nas outras, e cada uma capaz de provocar fenômenos bem determinados e característicos nos sistemas físicos. Em todas as transformações de energia há completa conservação dela, i. e., a energia não pode ser criada, mas apenas transformada (primeiro princípio da termodinâmica). A massa de um corpo pode-se transformar em energia, e a energia sob forma radiante pode transformar-se em um corpúsculo com massa].
Quer
dizer, "propriedade de um sistema que lhe permite realizar trabalho",
ou seja, pode-se obter alguma utilidade dela, e é importante compreender que se
trata de formas de energia (isto é, diversas manifestações) que se transformam
umas nas outras, isto é, o que há são fluxos de energia.
A
energia flui de forma contínua, em ambas direções, através do meio que rodeia a
Terra. A fonte principal de energia é a radiação do Sol, acrescida de pequenas
quantidades de calor provindas do interior do planeta e da energia das marés
devidas à interação gravitacional da Terra com o Sol e a Lua. Da radiação
solar, aproximadamente trinta por cento é refletida de volta para o espaço.
Quase cinqüenta por cento é absorvida pela atmosfera, pela a superfície
terrestre e pelos oceanos e convertida em calor. Alguma coisa por volta de
vinte por cento participa nos ciclos hidrológicos (evaporação, precipitação e
circulação da água); resta uma pequena fração causadora dos ventos e das ondas
do mar, sendo uma fração ainda menor a que se incorpora à biomassa do planeta,
através do processo de fotossíntese que acontece nas folhas verdes das plantas.
Foi
essa pequeníssima fração, "corporizada" nos seres vivos, que nos
últimos 600 milhões de anos deu lugar (através de complexos fenômenos
bioquímicos, geológicos, mecânicos, etc.) aos combustíveis fósseis, petróleo,
carvão mineral e gás natural.
Assim,
no fenômeno de geração de eletricidade a partir de um rio, a turbina colocada
no caminho da água realiza a transformação do seu movimento (energia cinética)
em energia elétrica. Em uma central termoelétrica a gás, é realizada a
transformação da energia química das moléculas que constituem o gás natural
primeiro em energia mecânica e depois em energia elétrica. No carro, essa
energia química (seja da gasolina ou do álcool) é transformada em movimento
(energia mecânica e cinética). Num churrasco, a energia química do carvão
vegetal (ou da lenha) se transforma no calor que cozinha a carne.
Nesses
exemplos, podem ser identificadas diversas partes. Por um lado, as
"fontes" de energia: a água do rio, o gás natural, a gasolina, o
álcool, o carvão vegetal, a lenha; por outro, a "máquina" na qual se
processa a transformação de uma forma de energia em outra: a turbina, a
caldeira, o motor, a churrasqueira. Finalmente, a utilização que se faz
(consumo de energia) para ter o produto que se deseja: os eletrodomésticos
"movidos" a eletricidade, o carro em movimento, a carne que alimenta.
Analisando
as fontes, observa-se que algumas são "primárias", no sentido que são
providas pela natureza na sua forma direta e são utilizadas diretamente ou dão
lugar a uma outra forma que é a que será utilizada. Assim, são fontes primárias
de energia o petróleo, o gás natural, o carvão mineral, a lenha (biomassa em
geral), o urânio, a água (energia hidráulica), o sol, o vento, etc. São "secundárias":
a eletricidade, a gasolina, o carvão vegetal, o álcool, etc.
Portanto,
identificam-se várias fases: a "produção" ou "geração" de
energia, a sua "distribuição", e o seu "consumo" ou
utilização final, fases essas que devem estar em sintonia para que "a
energia possa fluir harmoniosamente" desde sua fonte até a sua utilização,
o que quer dizer que é necessário haver um planejamento de todas as etapas e
processos que ajuste a produção e o consumo tendo no meio a distribuição. A
atual crise de energia elétrica ("falta de eletricidade") foi
provocada por um crescimento da "oferta" menor que a necessária para
atender ao crescimento da "demanda".(Mário Oscar Cenicig – Núcleo
Interdisciplinar de planejamento energético (NIPE) da Unicamp)
III Combate
ao desperdício
A energia é
produzida por meio da construção de hidroelétricas e centrais nucleares ou da
utilização de combustíveis fósseis em usinas térmicas, soluções caras e
prejudiciais ao meio ambiente. Entretanto, uma outra solução se oferece: a
economia de energia por meio de bons hábitos por parte dos consumidores e do
desenvolvimento e difusão de novas tecnologias mais eficientes.
Alguns hábitos
inteligentes:
- Adquirir produtos energeticamente eficientes e mantê-los adequadamente são atitudes fundamentais para o combate ao desperdício de energia. Como exemplo, temos nossas geladeiras que são extremamente gastonas, quando comparadas, por exemplo, com as japonesas. Isto se dá devido a má qualidade ou a insuficiência dos isolantes térmicos usados nas altas temperaturas dos países tropicais. Além disso, o motor situado na parte inferior da geladeira aquece o ar e , como o ar quente sobe, ele aquece o aparelho. As geladeiras japonesas possuem motor na parte superior e consomem metade da energia das boas geladeiras norte americanas de mesmo tamanho. Mas precisam ser complementados com hábitos novos, que você adota sem qualquer sacrifício.
a)
Durante
o dia, aproveite os raios solares e evite acender lâmpadas. À noite, só deixe
acesas as que estiver usando.
b)
Assista
TV, mas desligue o aparelho quando ninguém estiver assistindo, não durma com
ele ligado.
c)
Cante
a vontade no banheiro, mas não demore muito no banho, o chuveiro elétrico
consome bastante. Se você quiser economizar 30% de energia, mantenha a chave na
posição verão.
d)
Ao
atacar a geladeira, retire os alimentos de uma só vez, não coloque comida
quente lá dentro.
e)
Ao
usar o ar condicionado, mantenha portas e janelas fechadas, antes de sair,
desligue o aparelho.
As instalações clandestinas, os famosos “gatos” colocam em risco nossa vida e fios desencapados, que dão choques e deixam escapar corrente. Muitos outros exemplos podem ser citados, mas, resumidamente combater o desperdício é:
Usar a energia
de forma inteligente;
Não jogar
energia fora;
Assumir o
compromisso com a preservação do planeta;
Gastar somente o
necessário, rompendo a resistência humana em esbanjar energia.
Muitas vantagens
são encontradas combatendo o desperdício de energia. Essas vantagens enfatizam
valores fundamentais, como: preocupação com a qualidade de vida; proteção aos
recursos naturais e exercício da cidadania; amplia no tempo, os recursos
naturais não renováveis ainda disponíveis; Contribui para minimizar os impactos
ambientais; reduzir custos para a nação e para o consumidor; maximizar o aproveitamento
dos investimentos já efetuados no sistema elétrico; induz a modernização
industrial; melhora a competitividade internacional dos produtos de consumo e
dos bens duráveis fabricados no Brasil.
Para combater o
desperdício de energia elétrica temos que contar com vários segmentos de
consumo e também com o sistema elétrico. Ao sistema elétrico cabe reduzir as
perdas nas etapas de geração, transmissão e distribuição de energia, assim como
desenvolver projetos que tenham como objetivo combater o desperdício.
São vários os
segmentos de consumo e já citados alguns hábitos inteligentes quanto ao consumo
nas residências. Na indústria, o combate ao desperdício pode ser acelerado
aumentando-se a eficiência energética nas máquinas, processos, procedimentos e
produtos. Por meio de diagnósticos energéticos, aperfeiçoam-se as rotinas de
manutenção e verifica-se o funcionamento do equipamento e instalações. Assim,
as fábricas economizam tempo e matéria-prima, criam empregos qualificados,
aumentam a produtividade e aperfeiçoam o produto final. No comércio, combate-se
o desperdício já nas construções e reformas das instalações por meio da escolha
de materiais adequados. Os sistemas de refrigeração e iluminação também exigem
uma atenção especial. No poder e serviços públicos alcança-se o combate ao
desperdício com a eficiência das instalações. Na iluminação pública, obtém-se o
mesmo resultado trocando-se as lâmpadas ineficientes por outras de melhor
rendimento. Na agricultura, o combate ao desperdício depende da melhoria da
execução dos sistemas de irrigação.
O cidadão pode
fazer bastante para combater o desperdício de energia. Sua atuação reverte em
seu próprio benefício, pois representa em economia em seu bolso e melhoria de
sua qualidade de vida. É uma atitude inteligente que contribui para o
desenvolvimento sustentável, além do exercício da cidadania.
No Brasil, a eletricidade é de origem predominantemente hidráulica.
A geração
hidrelétrica está associada à vazão do rio, isto é, a quantidade de água
disponível em um determinado período de tempo e à altura de sua queda. Quanto
maiores são o volume, a velocidade da água e a altura de sua queda, maior é seu
potencial de aproveitamento na geração de eletricidade.
A vazão de um
rio depende de suas condições geológicas, como largura, inclinação, tipo de
solo, obstáculos e quedas. É determinado ainda pela quantidade de chuvas que o
alimentam, o que faz com que sua capacidade de produção de energia varie
bastante ao longo do ano.
Para aproveitar
o potencial hidrelétrico de um determinado rio, geralmente interrompe-se seu
curso normal através de uma barragem, que provoca a formação de um lago
artificial chamado reservatório. A água do reservatório é considerada energia
armazenada (potencial), pois fica à disposição para ser usada na hidrelétrica.
O primeiro
enchimento do reservatório requer uma interrupção maior do curso do crio, cuja
quantidade de água diminui consideravelmente na região abaixo da barragem.
Depois disso, o volume de água que flui através das turbinas é controlado pelos
operadores de acordo com a necessidade da quantidade de energia solicitada pelo
sistema.
A capacidade de
uma usina depende do potencial hídrico da região onde está localizada e é
avaliada em megawatts.
As conseqüências
desse sistema são alagamentos de vastas áreas causando impacto ambiental
indesejável, com prejuízos à fauna e à flora regional. Portanto, a produção de
energia elétrica a partir de hidrelétricas depende das condições geográficas
favoráveis à implantação desse sistema, respeitando a relação custo e
benefício.
Mecanismos de
produção: a queda de água através de dutos faz girar turbinas (roda d’água) que
estão conectadas através de um eixo a um gerador elétrico de grande capacidade,
que produz corrente elétrica de baixa tensão. A eletricidade produzida passa
por transformadores de alta tensão, para facilitar o transporte para os centos
consumidores onde passam por outros transformadores a fim de se adequar aos
equipamentos que utilizarão essa forma de energia.
A
termoeletricidade é produzida por um gerador e transportada até os locais de
consumo por linhas de transmissão. Este gerador é impulsionado pela energia
resultantes da queima de um combustível. Ao queimar, o combustível aquece a
caldeira com água, produzindo vapor com uma pressão tão alta que move as pás de
uma turbina, que por sua vez aciona o gerador.
Qualquer produto
capaz de gerar calor pode ser usado como combustível, do bagaço de diversas
plantas aos restos da madeira. Os combustíveis mais utilizados são: óleo
combustível, óleo diesel, gás natural, urânio enriquecido (que dá origem à
energia nuclear) e o carvão mineral.
Quase todo o
carvão mineral brasileiro é empregado na geração termoelétrica, uso que requer
o controle de efluentes líquidos e resíduos sólidos, além de CO2 (gás
carbônico), CO, reticulados, hidrocarbonetos, óxidos de enxofre e nitrogênio.
O CO2 é o
principal responsável pelo aumento do efeito estufa. Os demais poluentes causam
danos às pessoas, animais e plantas, além de causar as chuvas ácidas, que afeta
o solo, recursos hídricos, vegetação e construções.
Nas reações
nucleares, determinados átomos convertem-se em outros, por modificações que
alteram seus núcleos. Quando o núcleo de um átomo pesado, como o urânio ou o
plutônio, é rompido para produzir núcleos de elementos mais leves, ele emite
partículas denominadas nêutrons que se deslocam com altíssimas velocidades,
colidindo com outros núcleos e provocando novos rompimentos com fissões.
Propaga-se assim uma reação em cadeia envolvendo um número cada vez maior de
átomos liberando uma quantidade cada vez maior de energia. Entretanto as
partículas emitidas em grandes quantidades e em altas velocidades pelos núcleos
destruídos são capazes de transferir certas quantidades de energia para as substâncias
com as quais tomam contato no seu trajeto, isto é, são capazes de transmitir
radioatividade. Assim sendo um reator nuclear ao mesmo tempo que gera energia
na forma de calor para aquecer uma caldeira produz também resíduos altamente
radioativos (lixo atômico), emitindo radiações durante centenas de anos, como é
o caso do estrôncio, do césio, do criptônio e do plutônio. Esses elementos,
dependendo de sua quantidade, podem provocar doenças graves ou letais.
Entretanto não é
apenas no caso de ocorrerem acidentes que o processo de geração de energia
nuclear ameaça o meio ambiente, mas pelo problema das várias toneladas de
rejeitos altamente radioativos que continuam sem solução.
Dois conceitos
têm sido empregados para transformar a energia solar em energia elétrica.
No primeiro caso
a conversão é realizada em usinas que recebem a denominação geral de torres de
energia onde a energia é obtida através de uma grande área de espelhos que
refletem a luz solar dirigindo-a para uma caldeira de aquecimento de água
situada em uma estrutura elevada. Os inúmeros espelhos são orientados de modo a
captar a luz do sol em todas as posições, mantendo sempre um ângulo que reflete
os raios em direção à caldeira, que por sua vez produz vapor de água a altas pressões,
de modo a fazer girar as turbinas geradoras de corrente elétrica. O maior
problema relacionado a esses geradores é o de que eles só têm rendimentos em
locais onde existam poucas nuvens. No nordeste, onde seriam viáveis pelas
condições físicas favoráveis, as águas disponíveis nesses locais torna-se
salgada em pouco tempo e certamente provocaria problemas de incrustação ou
corrosão das tubulações e caldeiras, que podem ser resolvidos através de
pesquisa tecnológica adequada.
Um outro sistema
altamente interessante, mas ainda pouco desenvolvido para o aproveitamento
direto da energia solar é o das chamadas células fotovoltaicas, construídas de
material que transforma a energia radiante do sol diretamente em corrente
elétrica. Esses sistemas não provocam qualquer tipo de poluição, trabalham na
temperatura ambiente, têm larga duração, quase não necessitam manutenção e são
fabricados de silício, o segundo mais abundante elemento da crosta terrestre.
Segundo alguns especialistas esses constituem os mais promissores sistemas de
captação de energia.
As células
fotovoltaicas são placas de pequeno tamanho, reunidas em baterias como as que
alimentam algumas calculadoras de bolso e relógios de pulso, sendo o uso ideal
em pequenas unidades, fornecendo a energia para cada caso.
Essas células
são ainda construídas individualmente por processo artesanal e por isso são
muito caras. Tentativas de mecanização dessa produção já reduziram em mais de
95% o custo desse tipo de energia. O Brasil está se encaminhando para o uso em
maior escala da energia fotovoltaica.
Energia eólica
PANORAMA DA ENERGIA EÓLICA
A energia dos
ventos é uma abundante fonte de energias renováveis, limpas e disponíveis em
todos os lugares. A utilização desta fonte energética para a geração de
eletricidade, em escala comercial, teve início há pouco mais de 30 anos e
através de conhecimentos da indústria aeronáutica os equipamentos para geração
eólica evoluíram rapidamente em termos de idéias e conceitos preliminares para
produtos de alta tecnologia. No início da década de 70, com a crise mundial do
petróleo, houve um grande interesse de países europeus e dos Estados Unidos em
desenvolver equipamentos para produção de eletricidade que ajudassem a diminuir
a dependência do petróleo e carvão. Mais de 50.000 novos empregos foram criados
e uma sólida indústria de componentes e equipamento foi desenvolvido.
Atualmente, a indústria de turbinas eólicas vem acumulando crescimentos anuais
acima de 30% e movimentando cerca de 2 bilhões de dólares em vendas por ano (1999).
Usina eólica – figura (www.py4sm.hpg.ig.com.br/crise
de energia htm. (15:00h/ 14/12/2002))
No Brasil,
embora o aproveitamento dos recursos eólicos tenha sido feito tradicionalmente
com a utilização de cata-ventos multipás para bombeamento d'água, algumas
medidas precisas de vento, realizadas recentemente em diversos pontos do
território nacional, indicam a existência de um imenso potencial eólico ainda
não explorado.
POTENCIAL EÓLICO DO
BRASIL
A avaliação
precisa do potencial de vento em uma região é o primeiro e fundamental passo
para o aproveitamento do recurso eólico como fonte de energia.
Para a avaliação
do potencial eólico de uma região faz-se necessária a coleta de dados de vento
com precisão e qualidade. Em geral, os dados de vento coletados para outros
usos (aeroportos, estações meteorológicas, agricultura) são pouco
representativos da energia contida no vento e não podem ser utilizados para a
determinação da energia gerada por uma turbina eólica - que é o objetivo
principal do mapeamento eólico de uma região.
No Brasil, assim
como em várias partes do mundo, quase não existem dados de vento com qualidade
para uma avaliação do potencial eólico. Os primeiros anemógrafos
computadorizados e sensores especiais para energia eólica foram instalados no
Ceará e em Fernando de Noronha/Pernambuco apenas no início dos anos 90. Os bons
resultados obtidos com aquelas medições favoreceram a determinação precisa do
potencial eólico daqueles locais e a instalação de turbinas eólicas.
Vários estados
brasileiros seguiram os passos de Ceará e Pernambuco e iniciaram programas de
levantamento de dados de vento. Hoje existem mais de cem anemógrafos
computadorizados espalhados por vários estados brasileiros.
Mapa de ventos do Brasil. Resultados
preliminares do CBEE. ( www.eolica.com.br/energia html (14:50h))
Além dos
sistemas de produção de energia citados acima e mais comumente usados hoje em
dia, temos também outras foram de produção de energia que estão em estudos:
Energia térmica
dos oceanos – produção de energia a partir de dois pontos com diferentes
temperaturas no oceano, isto consiste em uma forma indireta de aproveitar a
energia solar.
Energia das
ondas - outra forma de aproveitar indiretamente a energia do sol.
Energia
geotérmica – aproveitamento das águas que brotam próximas a bolsões de lavas
superaquecidas dos vulcões. Essas águas, muito quentes, as não brotam na
superfície, mas outras vezes, esses vapores a altíssimas pressões afloram e
podem ser utilizados para a geração de energia termoelétrica.
Uso do
hidrogênio como combustível: A combinação de hidrogênio com o oxigênio, a
temperatura elevada, para formar água se faz violentamente, na forma de forte
explosão. Esse efeito pode, pois, ser utilizado na geração de energia elétrica.
Impact, um protótipo de carro elétrico, da General Motors. Sua bateria pode ser carregada em 3 horas num circuito de 220 volts. Ele tem uma autonomia de 80 milhas e acelera de 0 a 60 milhas por hora em 8 segundos. |
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O campo de gaysers geotermais localizado ao norte de São Francisco, Califórnia. Os geysers são a maior fonte de energia geotermal do mundo e produzem energia diretamente do vapor. |
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Uma grande usina hidroelétrica no lago Roosevelt, que ajuda a regular o suprimento de água, que é armazenada em períodos secos. Seu maior benefício inclui a geração de energia e controle de enchentes, mas também destróem o habitat natural do rio e são caros de construir. |
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Estação de energia de marés no rio Rance, perto de Saint-Malo, França. |
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Esquema de como funciona uma usina elétrica movida pela força das marés. |
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A usina
nuclear de Three Mile Island, Pennsylvania. |
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Reator experimental de fusão nuclear, que confina o plasma a enormes temperaturas. |
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Poços de petróleo no deserto do Saara, na Argélia, e na plataforma continental no sul do Alaska. |
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Faixas de células fotovoltaicas são usadas para gerar eletricidade em Beverly High School, Massachusetts. Cerca de 10 % da eletricidade usada é suprida por este sistema de células solares. |
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Fazenda solar internacional Luz mostrando os sistemas coletores (espelhos curvos que aquecem um óleo sintético que flui através de um trocador de calor para gerar vapor para as turbinas do gerador). |
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Esquema mostrando a construção de um aquecedor de água solar. |
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Torre de energia solar na usina solar 1, A luz é refletida e concentrada no coletor central onde o calor é usado para produzir vapor para mover as turbinas e gerar eletricidade. |
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Fazenda de vento na Califórnia, localidade onde mais se utiliza energia eólica no Mundo. |
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Atividades Práticas
Objetivos:
Entender o que é energia, identificando suas diferentes formas presentes no
cotidiano.
Diferenciar as
manifestações naturais daquelas transformadas pela ação do homem.
Na própria sala
de aula, os alunos podem identificar e relacionar as várias formas de energia:
gravitacional, elétrica, calorífica...
Estratégias:
Colocar ao sol
uma bacia com água e verificar que, aos poucos, o líquido muda de temperatura.
Construir
cata-ventos de papel e observar o efeito da energia eólica.
Usar sucata para
construir pequenas rodas d’água. Colocá-las sob a torneira, para experimentar a
força hidráulica.
Usar manuais e
outras publicações ilustradas que demonstrem como são produzidas algumas formas
de energia.
Observar que a
força do vapor que sai de uma panela com água fervendo é capaz de mover a
tampa.
Preparar um
painel do ciclo da água, no qual o sol ganhe o merecido destaque.
Utilizar sucata
para construir maquetes sobre as formas de obtenção de energia.
Usar slides ou
fotos das principais cachoeiras do Brasil.
Utilizar vídeos,
revistas e outras publicações para resgatar aspectos históricos, atentando para
as formas de energia mais utilizadas.
Preparar
painéis: um de fontes renováveis e outro de fontes não-renováveis de energia.
Utilizar
jornais, revistas, Internet para coletar informações e alimentar debates.
Montar painéis
ou murais sobre desastres ecológicos.
Construção de
gráficos.
Entrevistas
Utilizar letras
de músicas, mapas geográficos e textos literários.
Visitas a usinas
hidroelétricas
METODOLOGIA:
Como
atividade propomos como experiência
prática colocarmos no sol uma bacia com água e após algumas horas os alunos
poderão observar que a água se evapora e muda de temperatura; através desse
experimento simples os alunos poderão constatar que o Sol atua como fonte
natural de energia capaz de mudar as
condições iniciais da água. Após essa experiência os alunos deverão ser
orientados a pesquisar as reações químicas que ocorrem no Sol que faz com que
ele transmita energia para a Terra, o ciclo biogeoquímico da água e as mudanças físicas de temperatura, pesquisa
essa que deverá ser feita em livros, Internet, jornais, etc. Em seguida, para
uma melhor fixação de conteúdo, eles farão cartazes sobre o ciclo da água na natureza; também utilizarão sucatas para
a construção de uma pequena roda
d’água, colocando-a sob a torneira, para, assim observar a força hidráulica. O
experimento deverá culminar com a construção coletiva de uma maquete de usina
hidroelétrica com linhas de transmissão, subestações, transformadores, postes e
fios chegando às residências, fábricas e lojas.
O objetivo final
dessa atividade deverá ser o estudo das usinas hidroelétricas, onde a água é a
fonte de energia usada em nosso dia-a-dia e o impacto ambiental que essas
usinas trazem para a região onde elas se localizam, enfocando a importância de
uma maior conscientização da conservação da energia pelas pessoas, bem como o
uso de outras fontes de energia , por
exemplo, a energia solar, eólica, termoelétrica entre outras fontes de energia.
Bibliografia:
GEPEC – Grupo de
pesquisas em Educação Química
Interações e
transformações: química para o segundo grau. São Paulo, Editora da Universidade
de São Paulo, 1993, p137-308
ENERGIA: Recurso
da vida. Programa de Educação Ambiental “A natureza da paisagem “. Projeto de :
Marcos Didonet. Realização: ELETROBRÁS, PROCEL, CIMA. Rio de Janeiro, 1996.
Branco, Samuel
Murgel, 1930-
Energia e meio
ambiente / Samuel Murgel Branco.
São Paulo:
Moderna, 1990. (Coleção polêmica)
Componentes do
grupo:
Ângela Maria
Pauli
Arlete Aparecida
Zucolin
Maria Lúcia
Jerep
Maristela Andréa
Romagnoli Santos Freire
Marcos Antonio
Piza
Osmar Palmieri
Vera Lucia
Bertozo Silva
Wanderley
Antonio Gonçalves