INSTRUMENTAÇÃO PARA O ENSINO
DE FÍSICA II
Descrição das Técnicas de Trabalhos em Grupo
Utilizaremos de técnicas bem conhecidas de
dinâmica de grupo. Nestas descrições que se seguem,
elas estão, muitas vezes, levemente modificadas para se adequarem
ao trabalho requerido após a realização de um experimento.
As descrições mais detalhadas e gerais devem ser buscadas
em publicações específicas da área. Tenho atualizado
de tempos em tempos esta página, mas a redação final
ainda não é a mellhor nem uniforme.
[T] PAINEL ABERTO
-
Os grupos que executaram o experimento permanecem com a mesma formação.
Cada grupo escolhe um relator;
-
Completado o tempo de duração estipulado para a discussão
sobre o experimento, todos formam um círculo;
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Cada relator expõe as conclusões do grupo. Nesta fase não
há debate;
-
Após a exposição de cada grupo, o coordenador pergunta
ao grupo se há questões a debater, esclarecer, etc.
-
Após o debate, ou simultâneo a ele, o coordenador vai fechando
o tema com uma síntese sobre o assunto.
[T] PAINEL INTEGRADO
-
Cada grupo que executou o experimento discutirá o tema . Cada elemento
do grupo receberá um número de 1 até o número
de integrantes do grupo. É preciso que cada elemento anote as conclusões.
No grupo 1, o elemento 1 será o relator, no grupo 2 o elemento 2
será o relator e assim por diante.
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Reagrupar em novos grupos: todos os números 1 em um grupo, os números
2 em outro e assim por diante. Neste novo grupo, cada elemento trará
as conclusões do grupo anterior, que serão comparadas com
as dos outros grupos, discutidas se necessário e chegam-se novamente
a conclusões, que deverão ser anotadas. Os relatores escolhidos
anteriormente deverão fazer novas anotações para unir
as conclusões dos dois grupos dos quais participou.
-
Todos os grupos formam agora um único grupo, em que primeiramente
somente os relatores farão o relato, sem discussões. A seguir,
o grande grupo irá discutir as conclusões a que se chegaram
nas fases anteriores do trabalho.
[T] PAINEL PROGRESSIVO
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discute-se o tema em pequenos grupos de 3 (pode ser outro número
pequeno) membros cada um. É interessante que cada grupo procure
chegar a uma conclusão sobre o tema proposto;
-
cada 2 grupos se unem e os novos grupos discutirão o tema a partir
das conclusões dos grupos anteriores;
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novamente, cada 2 grupos se unem e o processo é repetido até
que resulte um único grupo final que fará o mesmo tipo de
trabalho que os subgrupos anteriores realizaram.
[T] PAINEL DE BERLINDA
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Todos os grupos realizam um mesmo trabalho experimental. Cada grupo monta
a sua explicação e elege um debatedor.
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No grande grupo, cada debatedor expõe as explicações
de seu grupo sobre o experimento.
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Nova reunião do grupo, onde procura-se avaliar as explicações
dos outros grupos, seguido de novo debate. O ciclo se repete até
que todos estejam satisfeitos.
[T] OBSERVAÇÃO DE TRABALHO EM GRUPO
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A turma é dividida em 5 grupos.
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O primeiro executa um experimento e desenvolve normalmente o trabalho proposto
pelo professor.
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Os demais grupos observam o trabalho para daí fazerem o seu trabalho:
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O segundo descreve o fenômeno físico que ocorre.
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O terceiro descreve o modo de funcionamento do primeiro grupo.
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O quarto faz uma análise dos passos do trabalho do primeiro grupo.
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O quinto elabora uma proposta de como trabalhar o mesmo experimento no
Ensino Médio.
[T] TÉCNICA DOS CARTAZES
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A turma é dividida em grupos de 5 elementos.
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Cada grupo executa um experimento e desenvolve os trabalhos propostos pelo
professor.
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As conclusões a que se chegam devem ser mostradas na forma de cartazes
que serão expostos pelos grupos e explicados aos demais grupos.
[T] DE CASA EM CASA
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Os grupos executaram um experimento de acordo com o proposto pelo professor,
que escolherá um relator em cada grupo.
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Completado o tempo de duração estipulado para a realização
e discussão sobre o experimento, cada grupo manda representantes
para saber o que foi discutido nos outros grupos.
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Tem que ficar pelo menos um elemento "em casa" para receber os representantes
dos outros grupos.
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Forma-se o grande grupo.
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Cada relator expõe as conclusões do grupo. Nesta fase não
há debate.
-
Após a exposição de cada grupo, o coordenador pergunta
ao grupo se há questões a debater, esclarecer, etc.
-
Após o debate, ou simultâneo a ele, o coordenador vai fechando
o tema com uma síntese sobre o assunto.
[T] ADVOGADOS DE DEFESA E ATAQUE
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Duas pessoas escolhidas, voluntárias ou sorteadas desempenham o
papel de advogados de ataque (que procura mostrar os pontos negativos do
tema) e de defesa (que procura mostrar os pontos positivos do mesmo tema).
Após cada fala, há uma rodada de réplicas.
[T] ADVOGADO DO DIABO
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Durante o trabalho em grupo, elege-se um relator do trabalho do grupo e
um advogado do diabo (AD). O AD, embora faça parte do grupo, não
trabalhará junto com ele, mas sim observando o trabalho dos demais
elementos do grupo na tarefa de chegar a conclusões sobre um determinado
tema. Enquanto o relator anota as conclusões a que o grupo chega,
o AD procurará fazer uma crítica, a mais contundente possível,
a estas conclusões.
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No grande grupo, a cada grupo se sucedem os relatos do relator e do AD.
Na segunda rodada, somente relatores e AD tem a oportunidade de réplica.
Na terceira rodada, todo o grande grupo pode discutir.
[T] PAINEL ABERTO SEGUIDO DE REDAÇÃO
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Após os grupos realizarem um mesmo experimento sob a técnica
do Painel Aberto, solicitar a todos os alunos uma redação
sobre o experimento realizado.
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Na aula seguinte, análise pública das redações,
procurando separar explicações "certas" de "erradas" e mantendo
o anonimato dos autores.
[T]EXPLICAÇÃO FALSA
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Todos os grupos executam um mesmo experimento. Cada grupo escolhe um relator.
O grupo, após compreender o experimento, procura elaborar uma explicação
falsa para o fenômeno observado. Preferencialmente, a explicação
deve ser a mais ardilosa possível, de modo que os outros grupos
tenham dificuldade em encontrar o erro. O relator coloca esta explicação
no papel.
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O texto é passado a um outro grupo, que procurará pelos
erros do grupo autor.
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No grande grupo, cada relator descreve o a falsa explicação
dada pelo grupo autor e aponta o erro propositalmente cometido.
[T] OS DONOS DA VERDADE
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Após os grupos realizarem todos um mesmo experimento, sorteia-se
um grupo que dará a sua explicação. Este grupo será
o "dono da verdade". Por sorteio, os outros grupos se manifestam. Aquele
que, por aceitação da maioria do grande grupo, apresentar
uma explicação melhor, passa a ser o "dono da verdade".
[T] EXPERIMENTAÇÃO E TEORIZAÇÃO
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Todos os grupos fazem o mesmo experimento. Cada aluno anota seus resultados
e interpertações.
-
Professor teoriza o experimento e solicita confirmações e/ou
refutações dos alunos baseados em suas notas. Para não
viciar o processo, a terorização dever ser bem flexível,
seguindo duas ou mais opções diferentes. Os alunos deverão
optar pela correta com base nas suas anotações.