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MECÂNICA PARA O ENSINO MÉDIO
Roteiro para Professores


 SEQÜÊNCIA DOS  PROCEDIMENTOS NAS AULAS
DEDICADAS AO TÓPICO
CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO1

    Como na aula anterior já foi feito o Plano de Curso e portanto os alunos já sabem que vão estudar mecânica, o professor abre este tópico simplesmente anunciando um experimento que será realizado em grupos pelos alunos.

Experimento "Choques entre bolinhas"5

Questão-Tema:
    Há algo que se transfere em colisões entre objetos?

Material:
- Dois pares de bolinas: duas de gude (de vidro) e outras duas de metal (eu consegui em oficina de caminhão algumas esferas contidas em rolamentos grandes);2
- duas réguas (as maiores possíveis) ou duas ripas de madeira ou várias réguas pequenas;
- fita adesiva.

Procedimento:
    Com as réguas e fita adesiva, monta-se uma pista em forma de canal para assegurar o tráfego linear das bolinhas; neste canal ocorrerão os choques.

Atividades propostas:
    Trata-se sempre do choque entre duas bolinhas. Uma inicialmente em movimento e a outra parada. Observe e compare as velocidades das bolinhas, antes e depois dos choques, nos casos descritos abaixo. Repita sempre várias vezes cada atividade, variando as coisas: velocidade dada à bolinha que provoca o choque e o que mais for possível. Anote as suas observações para relatar posteriormente.  Siga a seguinte sugestão abaixo, considerando que BM = bolinha de metal e BV = bolinha de vidro:
 

Coleta das várias situações observadas pelos grupos
    O professor anota no quadro todas as diferentes situações observadas nas quatro fases. Faz isto preferencialmente usando desenhos com flechas de diferentes tamanhos para registrar os movimentos observados antes e depois dos choques. Nas aulas que ministramos usando desta técnica, surgiram as  observações registradas na tabela abaixo, usando a seguinte convenção: bolinha com movimento antes do choque representada por traços simples; a que estava parada antes do choque é representada por traços duplos.  As observações foram listadas de acordo com o que os grupos foram relatando. Na aula, com a ajuda dos alunos que relatavam as observações, tentamos fazer com que o comprimento das flechas fosse compatível com a velocidade observada da bolinha. Neste texto, o comprimento pode ser aferido pelo número de traços.
     
    Obs. 
    Bolinhas 
    Antes
    Depois
    1 BM -> BM ----------> ==========>
    2 BM -> BM ----------> -->========>
    BM -> BM ----------> <--==========>
    4 BV -> BV ----------> ==========>
    5 BV -> BV ----------> -->========>
    6 BM -> BV ----------> ===================>
    7 BM -> BV ----------> --->============>
    8 BM -> BV ----------> ----->==========>
    9 BM -> BV ----------> -------->========>
    10 BV -> BM ----------> <---------====>
    11 BV -> BM ----------> =====>
Teorização
    Se dá na forma de diálogo do professor com os alunos, a partir das observações da experimentação.6
    O professor pergunta: "O que é este "algo" que se transfere nas colisões?". A discussão irá convergir, de modo a ficar claro que o "algo" que é transferido nas colisões é o movimento, pois a transmissão de velocidade durante o choque é bastante clara. A este "algo" dá-se o nome de "Quantidade de Movimento" cujo símbolo passa a ser QM.
    Esta QM das bolinhas exibe algum tipo de dependência? Ou melhor, quais os fatores ou propriedades que fazem a bolinha ter mais ou menos QM? O diálogo com os alunos mostra rapidamente a dependência com a velocidade e a massa (muitas vezes chamada de peso). Esta foi a fase do "QUAIS OS FATORES".
    Agora vem a fase do "COMO OS FATORES INFLUENCIAM".
   À discussão iniciada com a pergunta "Como a velocidade da bolinha que colocamos em movimento influencia na QM?" segue-se a conclusão que QM ~ velocidade (pois mais velocidade implica em mais QM).3
    À discussão iniciada com a pergunta "Como a massa da bolinha que colocamos em movimento influencia na QM?" segue-se a conclusão que QM ~ massa (pois maior massa da bolinha inicialmente em movimento transmite mais QM  para a bolinha que estava parada).
    O professor agora volta um pouco e, instigando fortemente os alunos, procura por mais fatores que possam influenciar a QM e que possam ter sido esquecidos pelos alunos. Os fatores enunciados até este momento já foram solidamente discutidos e não saem mais do rol. Então podem surgir diversas outras coisas, como o tipo de régua usada, a superfície sobre a qual foi feito o experimento, etc. E os alunos de fato observaram estes efeitos. Cabe ao professor mostrar que estes efeitos não são universais, ou seja, não são observações de todos e são coisas que podem ser eliminadas por rearranjos no material, procedimento, etc. Na minha experiência, deve-se de fato escolher um destes outros fatores e mostrar que ele pode ser eliminado, realizando novamente o experimento. No fim, restam a massa e a velocidade. Um aviso: não se espante com a capacidade dos alunos de enxergar coisas que você, que já tem uma meta em mente, nunca sequer imaginou que poderia ser observado.
    E assim termina a busca por fatores que influenciam a QM.
   Procura-se agora por uma expressão matemática para QM que possa expressar a sua quantificação.7 Ou seja: quanto vale a QM de um dado objeto?
    Mas qual a finalidade desta matematização? Ora, esta possibilidade de criação de uma expressão matemática para expressar uma observação é uma diferença significativa da Física em relação a outras ciências e que lhe confere um poderoso atributo: o de poder prever o comportamento de sistemas sob o efeito de fenômenos ainda não acontecidos. Isto não é pouco, como bem sabemos ao olhar para o nosso mundo hoje.
    O professor inicia a discussao sem muitos rodeios e sugere a expressão: QM = m.v .8
    Há detalhes normalmente desprezados pelo professor de física que acho que valem a pena investir um tempo de aula. Neste caso é o sinal de igualdade na expressão QM = m.v . Como trata-se supostamente do início do curso de física de todos os alunos, o professor deve deixar claro que esta expressão matemática (coisa que vale para todas as demais expressões matemáticas que surgirão no aprendizado de física no Ensino Médio) é equivalente a uma frase que, coincidentemente ou não, pode ser manipulada como uma equação algébrica. Temos, ao meu ver, três fases distintas:
  1. Frase composta de palavras (a QM é quantificada como o produto da massa pela velocidade);
  2. A frase composta de palavras é transformada em outra frase só de símbolos conhecidos (QM = m.v);
  3. Esta frase de símbolos conhecidos, QM = m.v, pode ser usada como uma expressão matemática, manipulável algébricamente tal como os alunos já sabem fazer.
    Agora, voltando à expressão QM = m.v, será esta expressão uma verdade?
    Esta expressão parece ser no mínimo adequada, pois quanto maiores a massa e a velocidade, maior será QM. Outras formas não servem,   pois não expressam esta observação retirada do experimento. Por exemplo: m-v, v-m, m/v,v/m4; todas elas implicam em uma forma de relação contrária aos fatos observados e que o professor deve discutir. Por exemplo: m-v não serve pois como visto no experimento, os dois fatores somam os seus efeitos. Nem tampouco serve m+v pois se m ou v forem nulos mesmo assim poderia-se ter QM não nula.
    Ainda pode-se ter QM = mx.vy . Neste ponto o professor afirma que x=y=1, fato baseado em toda uma história de experimentações. Finaliza-se a fase da procura pela expressão par QM.
    O próximo passo é muito importante: agora o professor afirma, baseado nas observações dos alunos e de todos aqueles que antes em algum momento da história da ciência tenham estudado este assunto, que a QM de fato se transmite integralmente, ou como se diz no jargão da Física, se conserva durante a colisão (ou pelo menos até hoje, aparentemente se conserva). Ou seja, a QM de antes da colisão é igual à QM de depois da colisão: QMa = QMd . Este é o Princípio da Conservação da Quantidade de Movimento, e como princípio, não pode ser provado. É uma crença. Exaustivamente investigada e comprovada, mas é uma crença.
    A expressão QMa = QMd  pode ser desenvolvida especificamente para o caso do experimento que fizemos, de modo que tenhamos uma equação que envolva as duas bolinhas, antes e depois do choque. Para saber quem é quem, vamos combinar que a bolinha que se movimenta antes do choque é a número 1 e chama-se B1 e a que se encontra parada é a número 2 e chama-se B2:
                      QMa = QMd
                       QM = m.v
No nosso caso de colisão entre duas bolinhas:
                      QMa = m1.v1a + m2.v2a
                      QMd = m1.v1d + m2.v2d
E assim temos uma equação detalhada:
          m1.v1a + m2.v2a = m1.v1d + m2.v2d

Aplicação para todos os casos observados
    Esta aplicação é  essencial para deixar claro que a equação acima é capaz de descrever a realidade vivenciada pelos alunos durante a experimentação. É um passo essencial para a consolidação do conhecimento em construção neste momento. É a passagem da experiência para a matematização da experiência.
    As manipulações devem ser feitas com bastante cuidado matemático, uma vez que (em geral) trata-se do primeiro contato dos alunos com a manipulação de equações físicas.
    O objetivo principal é substituir valores estimados para as massas e velocidades e verificar se a igualdade se mantém. A manutenção desta igualdade implica na validação experimental do Princípio da Conservação da Quantidade de Movimento.
    O professor escolhe arbitrariamente as situações de tratamento mais simples para trabalhar em primeiro lugar. Ou seja: aquelas de tratamento mais simples, que tiveram um desenrolar mais simples de ser explicado.
    Em algum momento, após o esgotamento de situações onde pode-se manipular as equações usando somente de velocidades positivas (ou seja, de mesmo sentido), passa-se a tratar de situações onde é necessário introduzir o conceito (novo até então) de velocidade negativa (ou seja, de sentido oposto àquele da bolinha que se movimenta antes do choque).
    Este momento ilustra à perfeição o que penso da pré-definição de conceitos na Física: é uma bobagem que só confunde o aluno, levando-o a pensar que a Física é tão somente uma coleção de coisas a serem decoradas. Assim, enquanto não for necessário se estabelecer esta convenção sobre o sinal da velocidade, ou seja, enquanto aparecem somente velocidades positivas, usa-se o que todos os alunos já sabem neste momento de suas vidas sobre velocidade. Até as unidades de velocidade o aluno já aprendeu no seu cotidiano. No momento em que se introduz a velocidade negativa, é que o aluno percebe que no seu cotidiano também havia, escondido, esta noção. Veremos que a convenção poderia ser outra qualquer para diferenciar as duas velocidades contrárias: o uso do sinal negativo traz a grande vantagem que a manipulação algébrica das equações será coerente com o observado. Melhor comprovação de que matemática e física prestam-se à descrição da nautreza, ou seja, das coisas que estão ao nosso redor, não posso vislumbrar para uma pessoa naquela idade.
    Antes da primeira manipulação, faz-se necessário estimar as massas das bolinhas e os valores aproximados das velocidades que se observaram no experimento. Creio ser muito bom o aluno mesmo fazer estas estimativas. Assim, para estimar a massa das bolinhas de metal, fiz passar entre os alunos um conjunto de 10 delas. Chegou-se a uma concordância que este conjunto deveria ter uma massa de 300g. Isto resulta em um valor de 30g para a massa das esferas de metal. O mesmo procedimento para as bolinhas de vidro levou a um resultado de 5g por bolinha. Para estimar pelo menos a velocidade da bolinha que se movimentava antes do choque, usamos uma das pistas que os alunos haviam montado com as réguas e estimamos esta velocidade em 0,5 m/s. Como concordamos que alguns grupos usavam de velocidades maiores, acertamos que uma velocidade de 1 m/s poderia representar muito bem a velocidade da bolinha que se movimentava antes do choque. As demais velocidades são estimadas através de uma comparação com esta. Para medir o tempo do trajeto da bolinha na pista de réguas, usamos o fato de que o som de "quinhentos e um", falado de modo normal, tem aproximadamente a duração de 1 segundo (aliás, um velho truque  dos jogadores de basquete, para estimar o tempo que podem ficar dentro do garrafão, é contar os 3 segundos permitidos assim: "quinhentos e um, quinhentos e dois, quinhentos e três").
 

Primeira situação: Observação 1.  Neste caso, m1=30g, m2=30g, v1a=1m/s, v2a=0, v1d=0 e estima-se que v2d=v1a. Assim:
          QMa = m1.v1a + m2.v2a = 30g.1m/s + 30g.0 = 30 gm/s
          QMd = m1.v1d + m2.v2d = 30g.0 + 30g.1m/s = 30 gm/s
Ou seja:
          QMa = QMd

    Como era de se esperar, a igualdade matemática se mantém. Ou seja, QMa de fato se mantém igual a QMd.
    Neste mesmo tipo de situação cairá a Observação 4, sendo que a diferença somente aparecerá nos valores de QMa e QMd, pois as massas e velocidades consideradas devem ser as das bolinhas de vidro.
    Interpretação qualitativa: toda a QM de B1 se transfere integralmente para B2.

Segunda situação: Observação 2.  Neste caso, m1=30g, m2=30g, v1a=1m/s, v2a=0 e estima-se que v1d=0,2 m/s e v2d=0,8 m/s. Assim:

           m1.v1a + m2.v2a = m1.v1d + m2.v2d
          30g.1m/s + 30g.0 = 30g.0,2 m/s + 30g.0,8m/s
                   30 gm/s = 30g. (0,2+0,8)m/s
                   30 gm/s = 30g. 1m/s
                   30 gm/s = 30 gm/s

    Pode-se argumentar com os alunos que as velocidades estimadas após o choque apresentam valores muito convenientes, que até parece uma conta de chegada. E na realidade é. A verdade é que se não forem estes os valores reais, deve ser algo parecido. A igualdade então não seria mantida (ela só é mantida se (v1d+v2d= 1m/s). Isto decorre de diversos fatores, inclusive o de não estarmos de fato medindo as velocidades. Espera-se, que se ingressar na universidade, o aluno realize medidas precisas (acho que é possível para o aluno fazer um experimento quantitativamente mais satisfatório: que tal propor esta tarefa como trabalho extra-classe a ser apresentado à turma?). O que importa no momento é que pelo menos a equação é coerente com o observado. Ou seja, não é contrariada. E não é contrariada pois tudo o que sabemos nos leva a uma conclusão absolutamente correta: seja quais forem as velocidades após o choque, teremos do lado direito da equação um valor positivo. Sendo que o lado esquerdo é positivo também. Assim, vemos que a equação para este experimento decorrente do Princípio da Conservação da Quantidade de Movimento se mostra coerente com os fatos observados. Só não sabemos se ela é completamente obedecida em função do nosso experimento não permitir a determinação precisa das velocidades.
    Neste mesmo tipo de situação, se enquadra a Observação 5.
    Interpretação qualitativa: a QM de B1 reparte-se entre B1 e B2.

Situação 3. Observação 6. Neste caso, m1=30g, m2=5g, v1a=1m/s, v2a=0, v1d=0m/s e estima-se que v2d=2 m/s. Assim:

           m1.v1a + m2.v2a = m1.v1d + m2.v2d
           30g.1m/s + 5g.0 = 30g.0 + 5g.2m/s
                   30 gm/s = 10 gm/s
    Problema: a igualdade não se manteve! O correto é:
                  30 gm/s =/= 10 gm/s             ("=/=" significa "diferente de")
    Nota-se que a igualdade não se manteve. Mas pelo menos os dois lados da equação são positivos. E se erramos ao estimar a velocidade de B2? Pede-se ao grupo que relatou a observação para que todos possamos acompanhar: verifica-se que não seria uma má estimativa uma velocidade de 6 m/s. Na realidade, B2 sai em tamanha disparada que fica realmente difícil estimar sua velocidade. E então poderíamos perfeitamente ter no lado direito da equação: 5g.6m/s=30gm/s. E a igualdade seria mantida! Assim vemos que a coerência continua existindo para a equação da conservação da quantidade de movimento para o caso do nosso experimento.
    Neste mesmo tipo de situação, se enquadra a Observação 11, na qual somente ocorre uma inversão das bolinhas.
    Interpretação qualitativa: é a mesma da Situação 1, só que neste caso B1 e B2 têm massas diferentes. Então, como a QM se transfere integralmente de B1 para B2, as velocidades das duas têm que ser diferentes de forma a haver a compensação nos produtos.

==aqui
 
 

== mudar o modo de estudar a situações: devemo calcular serpradamente qma e qmd e ver se elas são iguais ou não. eventualmente usar qma para calcular algo de qmd.


depósito de texto:
Ocorreu também que esqueci que haviam dois tipos de bolinhas de metal: um grupo de bolinhas maiores e outro de menores. Relato aqui com intenção de mostrar que qualquer imprevisto pode ser aproveitado e tratado pelo professor, com ganhos. Ainda acho melhor evitar fatos deste tipo, pois ganha-se tempo com um experimento bem planejado.

NOTAS
1 Para o curso de Mecânica, acho que a abordagem do GREF é muito boa. Por isto me baseio nela para fazer esta proposta. Ela começa com o Princípio da Conservação da Quantidade de Movimento e termina com a Cinemática. Primeiramente se fala somente em "Conservação da Quantidade de Movimento". Depois, quando se falar de rotações, renomeia-se o que se estudou até então para "Conservação da Quantidade de Movimento Linear" e inicia-se o estudo do tópico "Conservação da Quantidade de Movimento Angular".
2 O ideal seria pelos menos quatro, duas das quais de mesma massa, uma de massa bem maior e uma bem menor. Seria ótimo para o aluno perceber de modo mais claro o efeito da massa na transferência de movimento que ocorre no choque.
3 == a questão da introdução ou não do conceito de velocidade
4 Há que se tomar cuidado com esta notação para a divisão: o certo seria m-:-v e não m/v que é o símbolo para uma fração. Usamos a barra ao invés do símbolo -:- pois este fica feio grafado deste modo, que é o único existente neste editor que estou usando neste momento. No quadro use sempre a notação correta.
5 Este experimento é bastante simples e reflete a minha opinião sobre experimentação em sala de aula (mais detalhes em http://www.fc.unesp.br/experimentosdefisica). Para que se observem as regularidades do fenômeno, as tarefas precisam ser repetidas várias vezes, pois nem sempre as supostas mesmas condições iniciais (que de fato não são as mesmas: sempre apresentam variações).
6 == Comentar esta questão do diálogo: é algo forçado? O professor vair dirigir os alunos como patinhos? Lembrar da produtividade em termos de tempo poupado, do alto grau de envolvimento em que o aluno se encontra, da sua vontade em participar, que algo parecido é feito pelo LaPEF para o EF, etc.
7 Neste ponto procuro por uma boa idéia para fazer a transição entre uma discussão de um fenômeno e a sua expressão através de uma equação. Acho que devem haver profundos signifcados atrás deste fato. Por enquanto uso esta idéia de justificar a possibilidade de uma criação de uma expressão matemática como sendo uma diferença significativa da Física em relação a outras ciências e que lhe confere um poderoso atributo: o de poder prever o comportamento de sistemas sob o efeito de fenômenos ainda não acontecidos.
8 Eu também ficaria mais satisfeito com outro modo de fazer isto; mas este método tem funcionado muito bem, com um alto grau de satisfação dos alunos.
 

== na hora de introduzir a velocidade negativa, lembrar do exemplo da estrada: o sinal estaria associado à direção da viagem. melhorar isto.